ATA DA DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 22-6-2011.

 


Aos vinte e dois dias do mês de junho do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e trinta e três minutos foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, Ismael Heinen, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Nilo Santos, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 181/09 (Processo nº 3907/09), considerando-se mantido o Veto Total oposto, por dez votos SIM e dez votos NÃO, após ser discutido pelos vereadores Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Ismael Heinen e Professor Garcia, tendo votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Nilo Santos e Professor Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 031/10 (Processo nº 3551/10). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/09 (Processo nº 4180/09), após ser discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Aldacir José Oliboni, Luiz Braz, Carlos Todeschini, Luciano Marcantônio, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, Mauro Zacher, Sofia Cavedon, Idenir Cecchim, Toni Proença, Nelcir Tessaro, Elói Guimarães, Professor Garcia, Ismael Heinen e Mario Fraga e encaminhado à votação pelo vereador Engenheiro Comassetto. Foram aprovadas as Emendas nos 01, 02, 03, 04 e 05 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/09. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/09, por vinte e nove votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Carlos Todeschini, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Ismael Heinen, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Decreto Legislativo nº 002/11 (Processo nº 2405/11), o qual teve sua apreciação suspensa, por determinação da senhora Presidenta. Às dezesseis horas e trinta e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 039/11 (Processo nº 2262/11), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Mario Manfro, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte e Luiz Braz e pela vereadora Fernanda Melchionna. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 014/11 (Processo nº 1255/11), por vinte e três votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Mauro Pinheiro, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas. Em Discussão Geral e votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 004/11 (Processo nº 0508/11). Durante a Ordem do Dia, os vereadores Pedro Ruas, Mauro Pinheiro, Airto Ferronato, João Antonio Dib, Fernanda Melchionna e Nelcir Tessaro manifestaram-se acerca do Projeto de Decreto Legislativo nº 002/11. Também, o vereador Pedro Ruas formulou Requerimento verbal, solicitando a ouvida da Comissão de Constituição e Justiça quanto à substituição do senhor Prefeito durante sua ausência do País, tendo-se manifestado a respeito o vereador Elói Guimarães. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 002/11 (Processo nº 2045/11), após ser discutido pelo vereador João Antonio Dib e encaminhado à votação pelos vereadores Pedro Ruas, Maria Celeste, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, este pela oposição, Airto Ferronato e Elói Guimarães. Em prosseguimento, foi apregoada a Emenda nº 06, de autoria do vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/11 (Processo nº 1450/11), e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Beto Moesch, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Às dezessete horas e trinta e seis minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Durante a Sessão, o vereador Ismael Heinen manifestou-se sobre assuntos diversos. Às dezessete horas e trinta e oito minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Havendo quórum, passamos à 11ª Sessão Extraordinária.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3907/09 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 181/09, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta, que institui o Programa de Fraldários e dá outras providências.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela manutenção do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 181/09, com Veto Total. (Pausa.) O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09, com Veto Total.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoas que nos assistem das galerias e pela TVCâmara, a intenção deste Vereador, quando construiu este Projeto, era de que as nossas praças se tornassem mais atraentes e com mais condições, para que a população pudesse frequentar os nossos parques e praças, já que – digo com muita tristeza –, hoje, encontramos um número muito grande entregue principalmente aos marginais nesta Cidade. Muitas praças servem para o conforto e o lazer de famílias inteiras, que, às vezes, não têm condições financeiras de se deslocar para um outro ponto da Cidade e aproveitam as praças e parques perto da sua casa. Essas são razões para favorecer a comunidade. Como famílias, nós temos filhos. As mães, que têm seus filhos de colo, que ainda usam fralda – hoje, com a nova tecnologia, não é mais fralda de pano, é fralda descartável – trocam o seu filho ao relento, em qualquer tempo, colocando essa fralda, sem ter um cesto para colocá-la, ao lado do banco ou em qualquer local. Daí segue um ritual que é: o animal que vem carrega essa fralda, rasga-a e espalha os dejetos todos no parque. Acho que um fraldário viria beneficiar essas famílias, essas mães que, muitas vezes, têm que sair antecipadamente do seu lazer, daquela área para ir para casa, ou entrar num bar, num comércio, pedindo licença ao proprietário para poder trocar seu filho, porque ele não pode se expor. A Prefeitura, o Prefeito, vetou totalmente este Projeto, e as razões alegadas são financeiras. Hoje, a cidade de Porto Alegre, que espera a Copa do Mundo para 2014, não tem recurso para construir um fraldário nas áreas de praça. Quero dizer que isso me entristece muito, me deixa muito triste, mas, além da minha tristeza, eu acho que se nega um serviço a Porto Alegre. Nega-se a opção de uma dona de casa, de uma mãe poder levar o seu filho ao parque, e, dessa forma, gera-se mais um espaço àquele que depreda, àquele que destrói o parque, ao marginal, muitas vezes tornando esse parque um ponto de tráfico.

Vou pedir aos meus companheiros que acompanhem o voto deste Vereador, que confirmem o Veto do Prefeito, mas quero deixar claro que vou construir um outro Projeto em que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre não seja responsável financeiramente; que a iniciativa privada possa nos ajudar a dar esse direito à mãe, ao filho, à família, e que ajude, de uma certa forma, a nos entregar as praças, os parques, as áreas públicas que são nossas. Quero dizer que não vou discordar, sei que o recurso é escasso, que o cobertor é curto, sei disso, mas também sei que não podemos, em momento nenhum, abrir mão de um direito que nós temos, como família, como pessoa. Eu recebi muitas correspondências, muitos e-mails, dizendo: “Agora eu vou ter a oportunidade de levar o meu filho de 8, 10 meses ao parque, e ele vai poder usufruir disso”.

Então, mais uma vez, quero dizer: vamos aceitar o Veto, mas não vamos deixar de buscar uma alternativa para a construção dos fraldários, tão necessária à nossa Cidade e tão necessária ao turista que vem a Porto Alegre. Vai ser difícil vermos um turista sentado num banco de praça, tirando a fralda do seu filho e jogando a fralda ao lado; mas até lá, se Deus quiser, em parceria com a iniciativa privada desta Cidade, que tem compromisso com Porto Alegre, nós vamos construir os fraldários com esse recurso da iniciativa privada, Ver. Mauro Pinheiro. A iniciativa privada tem obrigação de nos ajudar!

Dessa forma, quero deixar meus colegas, sem constrangimento, para votarem pelo Veto deste Projeto. Muito obrigado, e obrigado, Presidente, pela gentileza.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09, com Veto Total.

 

O SR. PEDRO RUAS: Cara Presidente Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores, meu amigo e colega de CUTHAB, Paulinho Rubem Berta; o Projeto que V. Exª apresentou e que sensibilizou a Casa, exatamente porque, Ver. Tarciso, o Projeto do Ver. Paulinho Rubem Berta atende a uma demanda que há muitos anos existe na nossa Cidade e, do meu ponto de vista, em muitas outras Cidades. Não é por menos que isso foi aprovado aqui e teve, de nossa parte, incentivo. Eu conheço particularmente o trabalho de V. Exª, conheço o do Plenário e o da CUTHAB, eu sei a dedicação de V. Exª, como também do Ver. Tarciso e do Ver. Mario Fraga, que estão aqui justamente como se fossem três mosqueteiros em prol das comunidades. São Vereadores que têm na sua origem e como principal trabalho o atendimento às comunidades mais carentes, Ver. Tarciso – conheço o trabalho de Vossa Excelência. O trabalho do Ver. Paulinho Rubem Berta é conhecido e reconhecido na Cidade, e na CUTHAB ele desempenha exatamente esse papel: de trazer para todos nós a sua experiência, o seu acúmulo de experiência numa área onde ele realmente mostrou, ao longo dos anos, extrema competência. Este Projeto que institui o Programa de Fraldários na Capital do Estado é um ótimo Projeto, ele merecia – e foi aprovado pelos Vereadores desta Casa. Mas há um equívoco, Ver. Paulinho Rubem Berta: eu não sei que razões podem ter-lhe colocado; para nós, o que chega aqui é a aparência de um equívoco, de um erro do Executivo ao vetar um Projeto que, por todos os ângulos que se analise, tem méritos. Eu não vejo um único fator, Ver. Paulinho Rubem Berta, que possa trazer, deste Projeto, algo nocivo à Cidade, aos interesses do Erário ou à forma de administrar do atual Prefeito. Tenho todo o respeito pela sua posição, mas respeito ainda mais um conceito que aprendi nesta Casa, no início dos anos de 1980, Ver. Dr. Raul: depois que um projeto é apresentado, ele se desvincula do seu autor, ele é um projeto da Casa. Este Projeto tem, na sua autoria, a genialidade da criação, mas hoje ele é da Câmara Municipal, já não é do Ver. Paulinho Rubem Berta, tanto que não pode retirá-lo. Do nosso ponto de vista, meu e da Verª Fernanda Melchionna, com quem debati sobre a Pauta de hoje, ainda pela manhã, este é um Projeto que merece o nosso apoio, como mereceu no Plenário, e agora esse apoio se traduz num voto contra o Veto equivocadamente oposto ao presente Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09, com Veto Total.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta desta Casa, nobres colegas Vereadores, Vereadoras; cumprimento também o nosso Deputado Estadual, presente aqui conosco; meus nobres Pares, é lamentável, do ponto de vista da falta de verba da nossa Prefeitura, o Veto a este Projeto, e digo isso porque, nos últimos dias, nobre Vereador que me antecedeu, caminhei muito em Porto Alegre, visitei muitas praças, em função das empresas do meu filho. Nota-se, claramente, o abandono dos espaços físicos das nossas praças, salvo alguns parques, que são poucos em Porto Alegre, pela nossa dimensão geográfica. Acho importante reduzirmos o número de praças, mas que as praças que tivermos estejam realmente em condições e possam ser usadas para o lazer da nossa família e dos nossos filhos. Porque, hoje, as nossas praças, nobre Ver. Paulinho Rubem Berta, estão abandonadas ao deus-dará. Iniciativas como essa, nobre Vereador, são bem-vindas, mas temos que achar um jeito de não ficarmos só com esse fraldário. Eu o parabenizo, sensibilizado, por buscar essa falta nos nossos lares. Só quem tem criança pequena, quem vai a uma praça, quem vai a um recanto público, sabe a falta que faz, no momento em que precisa usar, um fraldário. Aquele que não está precisando não mensura a falta desse bem público.

Então, temos que colocar uma verba futura do nosso Município para isso; iniciativas como essas devem ser ampliadas, para que as nossas praças possam ser disputadas pelos nossos filhos. Os nossos filhos têm que querer ir às praças públicas de Porto Alegre. As famílias têm que se sentir bem indo às nossas praças públicas e não se afastar delas por medo de assalto, por falta de equipamentos, por não terem onde se alojar, onde sentar, para poderem brincar com seus filhos. Essa é uma falta nessa era moderna a que estamos chegando: termos, efetivamente, momento de lazer e recantos de lazer dignos. Isso é cultura, isso é saúde, isso é higiene, pessoal!

Então, eu apelo para que o Vereador e esta Casa não esmoreçam por esse óbice da falta de recursos do Município. Vamos colocá-lo em programações futuras, em anos vindouros, no nosso Município. Temos que aplaudir iniciativas como essas. Se o Veto é realmente pela falta de orçamento, não há como ser feito; agora, temos que fazer com que não haja falta de recursos para iniciativas tão importantes como essa.

 

O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Apenas para tentar colaborar, Ver. Ismael, com o seu pronunciamento, lembrando um pensamento, uma frase do nosso grande, inesquecível e maior de todos, Mário Quintana. Dizia ele que as praças são do povo e foram feitas para as crianças. Se não tivermos essa visão de que tudo que diz respeito às crianças deve ser preservado, protegido e criado nas praças, não estaremos vendo a real utilidade desses espaços públicos tão negligenciados.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Agradeço ao nobre Ver. Pedro Ruas o aparte e estou me somando ao pronunciamento de V. Exª, que me antecedeu, porque temos que cuidar, com muito carinho, das gerações que estão por vir, porque acho que a nossa, tenho dito e tenho sentido, está muito comprometida, justamente com a falta de zelo para com o próximo, a falta de ética, de honestidade. A nossa geração está contaminada, é lamentável! Vamos cuidar da geração que está vindo, vamos legislar para os nossos filhos e para as nossas famílias. Vou acompanhar o Veto, mas temos que tomar providências para que se resguarde no Orçamento do Município para o próximo ano, verbas disponíveis para melhorias dos espaços públicos, notadamente as praças.

Ver. Paulinho Rubem Berta, conte com a nossa solidariedade, para projetos como esse, e talvez ampliarmos a discussão para que haja mais mecanismos bons como esse, disponíveis nas nossas praças públicas. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09, com Veto Total.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, por ocasião da discussão do Projeto, em que nós, inclusive, apresentamos uma Emenda, falamos sobre a dificuldade do Projeto ao Ver. Paulinho Rubem Berta: caso ele fosse aprovado, dificilmente passaria pelo Executivo. E colocamos as razões do Veto – não cheguei a lê-las –, mas o primeiro fator é o econômico. Porto Alegre tem, hoje, 597 praças. Então, construir um fraldário em cada uma das 597 praças teria um custo enorme. Ouvi atentamente a fala do Ver. Ismael Heinen e discordo de algumas coisas, como quando V. Exª disse que se diminuísse o número de praças e se construíssem os fraldários. Ora, não é esse o princípio, e eu vou lhe oportunizar a fazer o contraponto, porque, talvez, eu tenha entendido errado. Hoje, em todo e qualquer loteamento tem que ser reservada uma área para praças, porque são os lugares mais lúdicos, são locais de lazer, de recreação. Se não houvesse praças, o mundo certamente estaria em constante guerra. E, além disso, eu falei para o Ver. Paulinho Rubem Berta, também, que é importante entender o princípio de praças e o princípio de parques. Praças são locais menores, normalmente utilizados pelas pessoas que moram no entorno. Bom, se as pessoas moram no entorno, certamente poderiam levar as crianças em casa. Inclusive, coloquei o exemplo de que nas raras praças em que ainda há, hoje, banheiros, as comunidades pedem que eles sejam desmanchados, porque, ao longo dos anos, constatou-se que essas praças serviam de lugar para prostituição e drogadição. Concedo-lhe um aparte, Ver. Paulinho Rubem Berta, mas antes quero parabenizá-lo, pois tenho certeza de que esse assunto não vai terminar hoje.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: Quero agradecer ao nobre Vereador. Sou muito consciente do trabalho que o senhor desempenhou na cidade de Porto Alegre, na busca da recuperação das praças e parques, e cito um deles, o Parque Chico Mendes, que foi todo revitalizado e é usufruído hoje pela população.

É muito triste vivermos numa Cidade que dizem que tem muito verde, a que mais verde tem em seus parques e praças, mas mais de 50% das 597 praças que temos, infelizmente, ao longo do tempo, vem sendo entregue a quem não tem direito, aos marginais, para transformarem em ponto de tráfico e prostituição. Se nós criarmos condições necessárias para que as famílias possam usufruir as praças, talvez nós consigamos espantá-los um pouco. Isso também é segurança.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Concordo, e V. Exª deve estar lembrado que, quando estivemos à testa da Secretaria, nós lançamos o Projeto Povo na Praça, e partimos do pressuposto de que uma praça não ocupada será tomada por desocupados.

 

O Sr. Ismael Heinen: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero me contrapor não à ideia, concordo com ela; gostaria de ter todas essas praças equipadas, mas talvez fosse necessário diminuir o seu número, para que aquelas que sobrevivessem ficassem bem equipadas, o que seria um benefício à nossa Cidade. Só esse é o contraponto.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Entendi, mas acho importante fazer esse contraponto. Continuando a minha fala, quero dizer que, na época, falei ao Ver. Paulinho Rubem Berta que isso se fizesse talvez nos parques, porque todos os parques da Cidade, sim, têm banheiros, têm capatazia, têm pessoas que os cuidam diuturnamente. Talvez a ideia seja começar um processo embrionário nas novas praças e parques. Os recursos são diminutos, o Orçamento do Município, infelizmente, não permite isso. Claro que todos nós gostaríamos de ter melhores condições para todos.

Por isso, nós vamos acompanhar a manutenção do Veto, mas entendo que o Ver. Paulinho tem que continuar na busca dessa luta. Muito obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal o PLL nº 181/09, com Veto Total. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por 10 votos SIM e 10 votos NÃO. Mantido o Veto Total.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3551/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 031/10, de autoria do Ver. Ismael Heinen, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao Clube Esportivo Caminho do Meio.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-02-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PR nº 031/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4180/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 005/09, que dispõe sobre a acessibilidade orientada pelo desenho universal no Município de Porto Alegre, institui o Plano Diretor de Acessibilidade de Porto Alegre, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Com Emendas nos 01 a 05.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01 a 04, e pela e existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 05;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 a 04, e pela rejeição da Emenda nº 05;

- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 a 06.

 

Parecer Conjunto:

- da CEDECONDH, COSMAM e CECE. Relatora-Geral Verª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 a 05.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- retirada de tramitação a Emenda nº 06;

- incluído na Ordem do Dia em 22-06-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCE nº 005/09. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; prezados colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores; Sr. Paulo Brum, Secretário Municipal de Acessibilidade; senhores que representam as pessoas com deficiência, venho a esta tribuna para fazer a primeira discussão sobre a votação do Plano Diretor de Acessibilidade.

Antes de fazer a discussão propriamente dita do Projeto, quero aqui relatar que este tema veio à CUTHAB, e nós acolhemos um conjunto de preocupações tanto de organizações de pessoas com deficiência, quanto de técnicos de entidades como a IAB, a Sociedade de Engenharia, o Sindicato dos Arquitetos, a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura e o Sindicato dos Engenheiros, que trouxeram um conjunto de preocupações quanto ao Plano Diretor de Acessibilidade. Nós abrimos um debate e acordamos, ainda no final do ano passado, na Mesa Diretora, que o Projeto fosse enviado à Secretaria Municipal do Planejamento, para resolver um dos itens questionados, que é a integração do Plano Diretor de Acessibilidade com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Mesmo com a aprovação da Mesa, quando esse documento foi para a CCJ, naquela Comissão, prezado Secretário, pela primeira vez, vimos ser negada, a um projeto para a Secretaria, uma diligência no sentido de buscar uma compatibilização de seu conteúdo.

Realizamos um longo debate na CUTHAB, criamos um subgrupo de acessibilidade e construímos um acordo com o Governo, que hoje está sendo cumprido. Foi um acordo desta Casa, no sentido de que votaríamos, ainda neste semestre, um Plano Diretor de Acessibilidade, e que faríamos as correções necessárias para o debate político. Acordamos também fazer uma agenda de continuidade de debate e construção da acessibilidade em Porto Alegre. Entre eles, vai acontecer um seminário, nesta Casa, nos dias 4 e 5, para aprofundarmos o tema e discutirmos a Cidade com acessibilidade universal. Também acordamos sobre outra preocupação que as entidades profissionais têm quanto à possível dificuldade na aprovação dos projetos, quanto ao método de análise das Secretarias. O Secretário Paulo Brum assumiu o compromisso de que a Secretaria de Acessibilidade vai analisar lá na Cauge, e não vai haver mais um apêndice fora desse rito, porque traria morosidade na aprovação dos projetos, tanto os públicos como os privados. Portanto, realizamos a Reunião Conjunta das Comissões, e hoje estamos analisando aqui a votação do Plano Diretor de Acessibilidade de Porto Alegre.

Eu gostaria, nesse minuto que falta, de poder trazer uma das preocupações centrais do debate que foi trazido. Nós estamos discutindo um Plano Diretor de Acessibilidade, e o seu conceito tem que ser o da acessibilidade universal, mas ele não foi construído concomitantemente com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Então, como o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental é um “plano guarda-chuva” ou um plano estratégico para toda a Cidade, a acessibilidade deveria estar instituída nas sete estratégias do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, que são: estruturação urbana, mobilidade urbana, uso do solo privado, qualificação econômica, qualificação ambiental, produção da Cidade e sistema de planejamento. Portanto, essa lacuna metodológica, no nosso ponto de vista, continua persistindo.

Então, estamos aqui para fazer o debate...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estou lhe concedendo mais um minuto, tendo em vista V. Exª ter sido o Relator e ter trabalhado com esse tema muito tempo.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. João Antonio Dib, houve um problema no painel. Eu já havia preparado mentalmente a minha frase e acabei não a concluindo, mas concluirei meu raciocínio.

Nós continuamos entendendo que a melhor decisão técnica e política para o trâmite desse Plano está na busca de sua integração total com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Portanto, é uma tarefa que ainda fica em aberto, e, no meu entendimento, como já referi no Pedido de Diligências do Projeto, a acessibilidade não pode ser vista de forma isolada, pois atinge todos os agentes do tecido urbano, e, portanto, relaciona-se diretamente com outras tantas normatizações do espaço urbano da Cidade, como, por exemplo, o Código de Edificações e o próprio Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, que vai exigir, necessariamente, um novo roteiro de análise e aprovação de projetos. Portanto, esta é uma tarefa que continuaremos organizando, debatendo e discutindo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidenta, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a Sessão no dia de hoje; Srª Jaqueline, aqui representando o Cláudio, que é o Presidente da Faders; Sr. Paulo Brum, que prestigia aqui a nossa Sessão, preocupado, com certeza, com a implementação e a votação desta Lei, porque é Secretário de Acessibilidade e Inclusão Social no Município de Porto Alegre. Colegas Vereadores e Vereadoras, a partir de 2004, com o Decreto Federal nº 5.296, possibilitou-se que os Municípios com mais de 20 mil habitantes, através das conferências municipais, estaduais, enfim, discutissem mecanismos para implementar políticas de inclusão social, dentre as quais a acessibilidade do cidadão e da cidadã.

Nós percebemos que o Plano Diretor de Acessibilidade, em Porto Alegre, é visto com bons olhos, nobre Ver. João Dib. O Projeto possibilitou uma discussão ampla há mais de dois anos – inclusive o Ver. Comassetto falou aqui em relação ao Fórum criado nesta Casa, em que as entidades poderiam não só opinar, como também determinar possíveis mudanças –, e também a Relatora Maria Celeste possibilitou, com o seu Relatório, aprovando também as Emendas. Creio eu que é uma oportunidade única para que a Secretaria de Acessibilidade e Inclusão Social de Porto Alegre possa então executar o que está neste Projeto de Lei, e não é pouca coisa.

Eu fico preocupado, nobre Secretário Paulo Brum, porque, quando criamos a Secretaria nesta Casa, não foi destinado nenhum recurso para essa Secretaria; inclusive, se não me engano, na época, foi destinada parte do Orçamento. Vamos dar um exemplo aqui: vamos supor que tivesse sido feito – e me foge aqui a memória –, 1% da Peça Orçamentária de 4 bilhões de reais. Seria um aporte significativo, e V. Exª teria, agora, enquanto Secretaria, recursos para implementar o Projeto de Lei, porque não se trata aqui só de baixar o meio-fio, trata-se aqui do transporte coletivo, em que se precisa dialogar com a EPTC, com as empresas públicas ou com as concessionárias; trata-se da implantação das sinaleiras sonoras. Quantas são em Porto Alegre? Não são dez! Trata-se aqui da acessibilidade em todo o entorno da Cidade, eu diria aonde temos inúmeros obstáculos como, por exemplo, os telefones públicos, os hidrômetros, que são instrumentos públicos que dificultam ao cadeirante ou à pessoa com deficiência visual os acessos. São muitas as mudanças que aqui são oportunizadas para que a Secretaria possa viabilizar, como, por exemplo, dar um prazo, que não chegue a dois anos, para que todos os prédios públicos, ou privados, tenham acessibilidade ao elevador da frente, e não o dos fundos, como é o caso de muitos prédios hoje. O que é isso? Nós queremos o acesso universal, e, para tanto, as pessoas devem ser respeitadas como tal.

Então, esse instrumento nós temos que louvar e parabenizar. Porque, se implementado, Porto Alegre será pioneira, e poderia ser exemplo para alguns Municípios que ainda não o tem, Municípios com mais de 20 mil habitantes que devem cumprir a Lei Federal.

Nesse sentido, eu fico satisfeito que a Emenda nº 05 – eu apresentei cinco Emendas –, embora vetada por alguns Vereadores, Ver. Dib, é aceita pelo Secretário, já foi articulada, e nós incluímos na Emenda nº 05 três Secretarias a mais, para contribuir, Ver. Dib, Líder do Governo, e nobre Secretário, que são as Secretarias da Educação, da Saúde e a FASC, e é evidente que essas três têm que estar na Comissão Técnica. Então, é nesse sentido que peço apoio, e, com certeza, votaremos a favor. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu fiz questão de vir aqui, nesta tribuna, discutir este Projeto, porque eu acredito que não poderia haver um momento melhor dentro do Executivo para que este Projeto viesse para a Câmara e fosse colocado no plenário para aprovação. Lembro muito bem, meu querido amigo Paulo Brum, V. Exª que hoje está à frente da Pasta que cuida desses assuntos, quando V. Exª estava aqui na Câmara Municipal, nós não tínhamos ainda nem no Código de Obras de Porto Alegre, nem em nenhuma outra legislação dentro do Município, muito menos do Plano Diretor, qualquer artigo que desse uma orientação com relação à necessidade de se criar uma cidade acessível para todos. E foi exatamente o Ver. Paulo Brum, quando passou aqui, numa Bancada que tínhamos e em que se discutia tudo aqui na Casa do Povo de Porto Alegre, que fez as primeiras intervenções com relação à acessibilidade, tanto aqui na Câmara de Vereadores como também na cidade de Porto Alegre.

Então, Ver. Paulo, eu digo que a votação deste Projeto, nesta época em que V. Exª é o Secretário desta Pasta, é uma homenagem a V. Exª, porque V. Exª esteve, na verdade, lá no início, no princípio, mostrando para todos os Vereadores que nós precisávamos votar regras para criar uma cidade que pudesse dar inclusão para as pessoas que realmente precisavam. Então, se começou a fazer na Cidade aquelas passagens no meio-fio para que as cadeiras de rodas pudessem ali transitar; pensou-se naqueles passeios, onde alguém com uma bengala pudesse detectar o local por onde estava passando. E foi V. Exª que começou tudo isso nas legislações aqui na Câmara Municipal.

Então, quero cumprimentá-lo e dizer que, tanto a Bancada do Governo, liderada pelo Ver. João Dib, como a Bancada de oposição, já fizeram manifestações favoráveis ao Projeto que ora está tramitando. V. Exª aponta alguns artigos que são extremante importantes para serem aprovados, com certeza os Vereadores desta Casa que conhecem a seriedade de V. Exª e que sabem que V. Exª tem pleno conhecimento dessa legislação vão seguir essas orientações, com a formação da comissão técnica, com tudo aquilo que é indicado, apontado, para que nós possamos ter, realmente, cada vez mais, uma Porto Alegre com maior inclusão, tanto nos prédios públicos, nas construções que têm que ser feitas, como também com relação aos passeios, com relação aos meios-fios, com relação ao respeito que deve haver com as pessoas que têm alguma deficiência no seu físico. Então, por tudo isso, realmente, esta Casa cumpre essa etapa, mas ela não pode deixar de fazer esta homenagem que eu represento aqui da tribuna, falando exatamente deste momento em que V. Exª esteve aqui na nossa Câmara Municipal e onde V. Exª, realmente, deu o pontapé inicial para que essas inclusões...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e todos que nos assistem e nos acompanham nesta Sessão, discutir Plano Diretor, aprovar planos específicos é muito importante, porque tudo começa – e o recomendado é que seja assim – com um bom planejamento. Bom planejamento é o fator primordial para que as obras sejam bem construídas, para que tudo seja pensado e concebido tecnicamente dentro de um olhar, de uma visão coerente. Quero me reportar há 9, 10 anos, quando nós não tínhamos Plano Diretor de Acessibilidade e não tínhamos, também, uma Secretaria de Acessibilidade. No entanto, a acessibilidade era observada permanentemente em todas as ações do Executivo. Em todos os prédios, em todos os lugares, os órgãos trabalhavam de forma integrada e davam conta de adequar os prédios à Lei de Acessibilidade. Funcionava muito bem! É só ver as obras de acessibilidade vinculadas à obra da 3ª Perimetral: elevadores, escadas rolantes, e mais um conjunto de rampas e outros equipamentos adaptados para a acessibilidade. Em 2005 ou 2006 – não posso precisar agora –, o Governo criou, aqui, por maioria, uma Secretaria de Acessibilidade, porém nunca mais cuidou adequadamente da acessibilidade, tanto é que as calçadas estão do jeito que estão, tanto é que vários equipamentos públicos não tiveram mais um olhar e nenhum tratamento para dar conta da acessibilidade. Na semana passada, estive na Escola São Pedro, lá tem dez cadeirantes, Secretário Paulo, e, até hoje, eles não têm acesso à biblioteca, ao restaurante, nem às salas inferiores. A Diretora me disse que protocolou um pedido para a escola, escola essa que tem 1.600 alunos, que está localizada na Lomba do Pinheiro, que tem dez alunos que não têm acesso a várias partes importantes. E assim com vários outros equipamentos.

Então, estou aqui para fazer uma manifestação: vou votar a favor de um plano de acessibilidade, porque isso ajuda a pensar. Porém, a ação do Governo, nesses últimos 5, 6 anos, tem sido medíocre, pois não tem feito, mesmo tendo criado uma Secretaria para tanto, o seu papel. Os prédios públicos estão sem o devido tratamento, e a acessibilidade vinculada às obras deixam a desejar. Portanto, aprovar um Plano Diretor de Acessibilidade é uma boa medida. Agora, isso não resolve a falta de ação do Governo, que mesmo tendo criado uma Secretaria para tanto, na prática verificou-se um retrocesso, e é sobre isso que estou falando. Quem anda no Centro da Cidade, na Rua da Praia, na Rua Bento Manoel Ribeiro, no entorno da Prefeitura, nas praças do Centro e em toda a Cidade, pode verificar o que é o abandono e o prejuízo da acessibilidade. Portanto, voto a favor, mas não deixo de fazer aqui o meu registro e a minha crítica. Obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Presidente Sofia, colegas Vereadores, cidadãos, cidadãs, hoje, com certeza, as políticas públicas, visando a avanços, à inclusão social, ao respeito, a uma vida digna em relação às pessoas com deficiência, estão dando um grande salto; um enorme salto. Nós sabemos o quanto ainda são limitadas as ações não só na área pública do âmbito Municipal, Estadual, Federal, mas também as ações da iniciativa privada, ou da sociedade de modo geral, em relação ao respeito e à inclusão social das pessoas com deficiência. O Projeto do Plano Diretor de Acessibilidade, que foi assinado pelo Prefeito Fogaça, em 2009, quando lá eu estava presente, encaminhado, e que com certeza será aprovado aqui na Câmara no dia de hoje, é, sem dúvida nenhuma, uma demonstração de respeito da nossa Capital e da gestão Fortunati, pelas pessoas com deficiência.

Quero fazer aqui uma homenagem justa e especial ao Secretário Paulo Brum, que é o grande arquiteto desse processo, e uma pessoa que teve, em toda a sua trajetória política, tem, e continuará tendo, a marca de quem incansavelmente luta por mais oportunidades para as pessoas com deficiência.

Hoje, Secretário Paulo Brum, com a sua participação decisiva, esta Câmara de Vereadores vai dar essa demonstração concreta de que Porto Alegre, sim, está cada vez caminhando mais e mais para a inclusão das pessoas com deficiência. Claro que temos que realizar outras ações em relação às pessoas com deficiência que tenham a condição de trabalhar. Hoje temos poucas políticas públicas voltadas a criar oportunidades, espaços para que as pessoas com deficiência possam trabalhar e, através do seu esforço, da sua capacidade, possam conquistar a sua renda, e com isso uma vida digna e um espaço na sociedade.

Além deste Projeto, que é extremamente importante, eu tenho, aqui nesta Casa, tramitando um Projeto de Lei que visa à inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, que eu construí em conjunto com a Secretaria de Acessibilidade, com a Faders, com a DRT e com outros órgãos envolvidos nesse eixo que passa pela conscientização, pelo cadastramento, preparação, qualificação, inserção e acompanhamento da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Existe a Lei de quotas, sim, mas existe também a dificuldade de a pessoa com deficiência estar preparada para ocupar as vagas. As empresas estão com as vagas abertas, e as pessoas com deficiência, em condições de trabalho, não estão ocupando essas vagas, porque falta aquele elo, aquela conexão do Poder Público com essas pessoas, para que elas possam vencer as barreiras, para que elas possam vencer os obstáculos e chegar a essa vaga, trabalhar e manter-se no emprego.

Temos muito que avançar, Secretário Paulo Brum, e graças a pessoas com a sua capacidade, com certeza, as pessoas com deficiência, que são aproximadamente 15%, vão ter, cada vez mais, uma vida digna na nossa Capital. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estamos discutindo o Plano Diretor de Acessibilidade; construímos com a Prefeitura um acordo de que o faríamos no primeiro semestre, depois de Audiência Pública e Reunião Conjunta das Comissões.

O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras, todos os que nos assistem, e, de maneira especial, a minha saudação ao nobre Secretário de Acessibilidade, Paulo Brum, pessoa extremamente dedicada, há vários anos, a essa questão. Não é à toa que ele é um verdadeiro baluarte, no nosso Estado e no nosso Município, tanto na área parlamentar como na área do Executivo. E este momento nos proporciona a possibilidade de fazermos um gesto muito importante para a cidade de Porto Alegre, capitaneados aqui pelo Secretário Paulo Brum, pelo Ver. João Dib, pelo Luciano Marcantônio, que, como tantos outros, são defensores dessa causa tão nobre na qual todos nós nos incluímos: a das pessoas com deficiência. Eu, de maneira especial, pela minha formação médica, venho, há mais de 30 anos, atendendo as comunidades carentes, os drogaditos e, necessariamente, no meu dia a dia, tentando amenizar e aliviar a situação de um número infindável de pessoas com deficiência.

Temos, infelizmente, na nossa sociedade, essa dificuldade imensa – que não gostaríamos que houvesse –, mas que a Cidade tem que enfrentar e para o que, efetivamente, tem que mostrar a cara por meio de ações positivas. Isso tem sido feito. Ainda no Governo Fogaça, tivemos essa iniciativa, entre tantas outras que vêm sendo concluídas agora, no Governo José Alberto Fortunati.

Então, nós estamos, neste momento, dando um sinal verde. Vamos em frente, vamos avançar na política pública da efetiva acessibilidade.

Quem não sabe de alguém, quem não tem alguma pessoa ao lado, em casa ou mesmo algum paciente com alguma deficiência, que sente, no seu cotidiano, aquela sensação da dificuldade que parece ser intransponível e, para aquele que está bem, que não tem nenhuma deficiência, parece ser a coisa mais simples do mundo. Nós temos que raciocinar de forma focada. E o Plano Diretor de Acessibilidade traz para a cidade de Porto Alegre as condições para que tenhamos a Cidade pensada, planejada e executada, para que as pessoas possam aqui viver com qualidade de vida, com dignidade, facilmente deslocando-se de um local para outro, e que os obstáculos mais comuns – que já foram falados pelos colegas aqui –, que muitas vezes estão à frente das pessoas com dificuldades de transpô-los, possam ser removidos, para que possam ter a sua vida facilitada.

Sabemos que as adequações são necessárias, as melhorias são impositivas. E nós, com esse plano efetivo de acessibilidade, vamos ter condições plenas de, pouco a pouco, fazer com que cada entidade envolvida, cada setor da sociedade envolvido, seja a área da Saúde, a área da Engenharia, a área da Arquitetura, as entidades que bem representam as pessoas com deficiências, possam ter na sua plenitude a condição de não só reivindicar, não só ficar na crítica ou na queixa, mas, sim, poder dizer que nós estamos avançando de maneira importante na questão da acessibilidade da Cidade.

E, com certeza, este Projeto vai ser hoje aprovado, acredito que, por unanimidade, e a nossa Câmara de Vereadores vai dar à Cidade este presente. E as pessoas com deficiências vão se sentir com mais alternativas para a sua locomoção. É o que queremos. Saúde para todos! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu gostaria de fazer uma saudação ao Gustavo, que tem sido um incansável guerreiro nessa luta pelos portadores de necessidades especiais, que tem pautado, muitas vezes, os debates na imprensa e os debates na nossa Cidade em relação a temas muito importantes. A sensibilidade e a luta deste jovem permitem que, em vários pontos, se consiga avançar e pautar o debate. Então, eu queria saudá-lo, aproveitando que ele nos acompanha aqui na Câmara Municipal, e dizer da importância de lutadores e lutadoras como ele, que colocam a sua vida à disposição de uma causa maior, de uma causa coletiva e de uma causa que deve ser atendida e discutida com a maior brevidade possível. Com isso, quero dizer que nós, do PSOL, eu e o Ver. Pedro Ruas, somos favoráveis ao Plano Diretor de Acessibilidade. A cidade de Porto Alegre precisa pensar em como se tornar uma cidade mais acessível. Nós precisamos de políticas públicas que consigam responder a cerca de 14% da população, segundo as pesquisas do nosso País, que tem algum tipo de necessidade especial, seja ela locomotora, seja ela auditiva, seja ela visual.

Entretanto, Verª Sofia, como no Plano Diretor Cicloviário, eu fico preocupada com os encaminhamentos, Ver. Carlos Todeschini, desse Plano Diretor de Acessibilidade. Primeiro, pelo tempo que tramita na Câmara; nós estamos em 2011, e apenas agora, neste momento, o Governo coloca em votação um plano que já poderia estar sendo implementado há um bom tempo na nossa Cidade, em função das limitações que nós temos em vários aspectos no que tange à acessibilidade. Quero pegar dois exemplos: primeiro, o das calçadas. Também fui provocada pelo Gustavo; nós fizemos um programa de recuperação emergencial das calçadas, como foi feito em São Paulo. Tramita na Casa o Projeto, e estamos contestando o Parecer de que o Legislativo não pode legislar sobre a recuperação emergencial de calçadas. Lamentavelmente, veio um Parecer da CCJ, dizendo que não é matéria da Câmara Municipal, o que nos preocupa, porque buscar uma cidade mais acessível, com calçadas adequadas... É uma vergonha a situação das calçadas no Centro da Cidade, é uma vergonha as calçadas nos bairros da Cidade! A gente sabe que qualquer pessoa de mais idade já tem dificuldade, o que se dirá de alguém que tem alguma limitação locomotora?! Nós sabemos que a questão da fiscalização cabe à Prefeitura, e os proprietários são os responsáveis pelas calçadas em frente a suas casas, em frente a seu prédio. Entretanto, um projeto de recuperação, como foi feito em São Paulo, poderia ajudar os proprietários a fazerem calçadas acessíveis e poderia prever um investimento da Prefeitura, buscando segurança nas calçadas da nossa Cidade. Eu gostaria de dizer que falta fiscalização no que tange às calçadas, de um modo geral, e que a questão dos ônibus também é outro exemplo de retrocesso. Lembro bem a guerreira, a Vereadora, que, lamentavelmente, Porto Alegre perdeu, a Iole Kunze, já falecida, lutadora nesta Casa. Num justo fruto da sua luta como cadeirante, os ônibus começaram a se adaptar em Porto Alegre. Lamentavelmente, o processo de inclusão no sistema de transporte coletivo estacionou. Ainda bem que o Projeto prevê.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Os elevadores, lembra-me o Ver. Carlos Todeschini. Nós estamos muito contentes por fazer avanços num Plano Diretor de Acessibilidade, mas não pode acontecer, Ver. Carlos Todeschini, como aconteceu com o Plano Diretor Cicloviário, que foi votado, em 2009, por esta Casa, quando nós já alertávamos que não havia previsão de gastos da Prefeitura com a execução das ciclovias e das ciclofaixas. Só agora, em 2011, se discutem a ciclovia e a ciclofaixa da Av. Ipiranga, uma Parceria Público-Privada, quando a Prefeitura votou, em 2009, um Plano muito importante para os nossos ciclistas. Esperamos que o Plano Diretor de Acessibilidade seja executado, tenha recursos públicos, e que Porto Alegre mostre que não são as pessoas que têm limitação, limitação têm as cidades que não se adaptam às necessidades especiais dos cidadãos. Boa luta para todos nós; parabéns, Gustavo!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, confesso que eu estava aqui escutando outros oradores que militam na área ou que conhecem bastante o assunto, mas, como fui Relator deste Projeto na CCJ, fiz questão de vir à tribuna para abrir o meu voto, dizer da minha alegria em tê-lo relatado e da alegria de nós termos a expectativa de ter um Plano Diretor de Acessibilidade na Cidade. Vejo aqui o Secretário Paulo Brum, é uma grande alegria poder recebê-lo nesta Casa, V. Exª que é um Vereador que contribuiu muito para este debate. Eu poderia dizer, com a maior tranquilidade, Secretário, que, se esta Cidade avançou nas legislações em relação à acessibilidade, nós devemos a V. Exª, que contribuiu, que inovou e que botou Porto Alegre entre as Capitais mais avançadas nesse tipo de legislação. Quero saudar V. Exª, porque fez história nesta Cidade e nos botou num patamar bastante alto no que diz respeito a essas políticas públicas.

Não poderia deixar de relembrar aqui o nosso ex-Secretário Tarcízio. Estava lendo a justificativa, e o Tarcízio fez questão de colocar o número de reuniões que este Plano Diretor realizou. Quem conviveu com o Tarcízio sabe a dedicação, a capacidade dele de dialogar, de entender do assunto, de nos orientar nesse sentido. Depois de tantas reuniões construídas com o apoio técnico da PUC, que contribuiu nesse estudo técnico, trazendo seus melhores pesquisadores, seus melhores profissionais da área, nós conseguimos fazer o Projeto. Há alguns anos, ele tramita nesta Casa, porque muitos Vereadores, de alguma maneira, quiseram participar apresentando Emendas que pudessem qualificar ou, pelo menos, gerar um bom debate.

Enganam-se aqueles que pensam que estamos aqui porque votamos, há algum tempo, o Plano Diretor Cicloviário, criticado por muitos que estão aqui, que diziam que era uma carta de intenção, que o Plano Diretor Cicloviário era um sonho. É isso que talvez estejamos contrariando, embora ainda tenhamos que fazer muito para que o Executivo venha a contribuir com as obras, com a implementação. Mas, com um Plano Diretor discutido como esse, com o apoio técnico que teve, com o tempo que esta Casa teve para absorver, para entender que isso não é custo para a sociedade, que é, realmente, um alinhamento que temos que ter em relação à acessibilidade, tenho certeza de que a Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social já trouxe um grande avanço para a Cidade, trouxe um norteador para o Executivo, e, principalmente, para a sociedade e para nós, Vereadores. Nós, realmente, estamos estabelecendo uma vitória.

Quando falamos em acessibilidade, não falamos em poucos. Eu via os números, e nós estamos falando em quase um terço da sociedade, que é a parte que necessita de aparelhos e necessita que a Cidade cresça e garanta espaço para tantos e tantos cidadãos.

Eu não tenho dúvidas de que a Bancada do PDT e várias Bancadas estarão de acordo e aprovando este Projeto, porque nós estamos aqui garantindo um grande avanço para nossa Cidade.

Parabéns à Secretaria, ex-Vereador, ex-Deputado, atual Secretário, seja muito bem-vindo a esta Casa, porque o senhor contribui, e muito, não só nesse...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Prezados colegas Vereadores, Vereadoras, prezado Secretário de Acessibilidade; fiz questão de vir a esta tribuna para valorizar este texto, por mais que eu saiba que muito do que está aqui organizado, numa previsão geral de acessibilidade, já tem regra, já tem legislação, já tem determinação. Mas o que faço questão de sublinhar é que nós estamos muito longe – sempre Vereador Paulo Brum, V. Exª deve saber muito mais do que nós por viver se deslocando com as dificuldades que tem – de ter uma cidade acessível, uma cidade que trate com dignidade as pessoas com deficiência. Nos poucos momentos em que tenho convivido, nos últimos anos, por privilégio, ao discutir Atenção em Saúde, Ver. Mario Manfro, com um grupo de entidades, de pessoas com deficiência, ao discutir no Fórum de Inclusão Escolar, porque esse é um grande desafio da Educação, como atender às crianças com deficiência, e estamos num diálogo há quatro anos, tencionando o Governo Federal, tencionando o Governo Municipal, eu me surpreendo a cada uma das escutas que fazemos. Na última caminhada que fizemos no Mercado Público, com o GT da CUTHAB, eu me surpreendi com um cadeirante dizendo: “Olha, eu não posso ir a um bar mesmo que o bar seja acessível, porque normalmente os bares têm um banheirinho desse tamanhozinho, e, se eu tomar uma cerveja, eu preciso ir ao banheiro. Se eu vou tomar um ônibus, eu preciso ir ao banheiro, e não tem banheiro acessível nas paradas, nos finais de linha."

No Mercado Público, nós acompanhamos um cadeirante; foi um drama, porque nós tínhamos que conseguir a chave para abrir o banheiro acessível. Levamos uns 15 minutos. E, quando pegamos o elevador, Ver. Brasinha... Essas coisas só conhecem quem usa, quem é usuário, que precisa da adaptação, da acessibilidade. Não pegamos o elevador, via de regra, no Mercado Público, subimos dois lances de escada, mas o elevador, Ver. Idenir Cecchim, tinha um cheiro horroroso, porque as pessoas ou não tem acesso ou não tem dinheiro para pagar o banheiro e usam o elevador do Mercado Público para fazer as necessidades! Os cadeirantes que estavam conosco disseram: “Entrem conosco, para ver por que nós passamos”. Fechou a porta do elevador, era um cheiro insuportável.

Então, eu trago alguns elementos, mas eu quero trazer outro, de uma reunião grande que nós tivemos nesta semana com monitores de Escolas Infantis, onde eu ouvi um relato de que Escolas Infantis cada vez mais estão incluindo crianças com deficiências, crianças cadeirantes, crianças com dificuldades motoras, com deficiência mental. E a escola, a Escola Érico Veríssimo, por exemplo, não tem nenhuma rampa, é totalmente inacessível. E, aí, a Direção não tendo o que dizer, diz: “ele é levinho, que carreguem”. Então, as Monitoras vão lá na rua, levantam a cadeira de rodas, carregam escada acima. E muitas escolas municipais nossas assim são. A Escola São Pedro é cheia de escadas. E as nossas crianças com deficiência, estão indo para a aula, ainda bem, porque, hoje, o direito à educação é de todos. E há recursos, Secretário Paulo Brum, há recursos federais para fazer a acessibilidade em Educação nas escolas.

Eu só quero fazer este apelo: nós precisamos ter cronograma, precisamos ter uma capacidade indutora, e eu espero que este Plano Diretor tenha essa capacidade, Secretário que está assumindo agora. E V. Exª tem uma grande responsabilidade à frente desta Secretaria, de induzir, de insistir pela plena autonomia das pessoas com deficiência na Cidade, de poderem ir ao cinema, poderem ir a um bar, poderem entrar na escola, se deslocarem na escola. E nós temos pessoas, funcionários, ficando doentes, com bursite, com dores por carregar peso desnecessário. E vocês imaginem a falta de autonomia e liberdade das crianças.

Então, nós esperamos que este Plano Diretor de Acessibilidade não seja mais uma lei bonita, para contar que Porto Alegre é a primeira Cidade que tem Plano Diretor, mas que seja, de fato, indutora do cumprimento das leis, já conquista das pessoas com deficiência. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras Vereadores e Srs. Vereadores, o nosso Vereador e Deputado Paulo Brum, meu amigo de muitos anos – espero que no próximo ano estejamos juntos nesta Casa, até aguardar a próxima eleição para Deputado –, dignifica os postos que ocupa, como Vereador, como Deputado, e agora como Secretário, substituindo o Tarcízio, que foi um bom colega que eu tive. Eu quero dizer que a grande conquista que V. Exª fez, mais do que aqueles materiais, aquelas acessibilidades que se fizeram, alguns remendos, outras bem feitas, mas a grande contribuição que V. Exª deu a este Estado foi a conscientização. Chamou a atenção da população para a necessidade que todos nós temos de facilitar a acessibilidade.

Nós estávamos discutindo aqui, e eu ouvi o colega Paulinho Rubem Berta falando sobre os fraldários que precisa haver, mas eu sonho também, como todos nós, em ter numa praça o banheiro público com uma acessibilidade fácil. Não tem! Eu sou um grande construtor de calçadas nesta Cidade, mas elas têm muitos obstáculos, criados por interesses que não têm nada de acessibilidade, e, muitas vezes, não têm nada a ver com as pessoas que caminham nas calçadas. Elas interessam a alguém que está fazendo uma propaganda, que está explorando um negócio, enfim, são obstáculos criados a lo largo, até mesmo de uma luta que V. Exª e tantos anônimos defendem e fazem em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no Brasil.

Quero dizer que não há necessidade de defender a aprovação deste Projeto. Nós estamos aqui fazendo coro àqueles que começaram há alguns anos, poucos; e àqueles que pensavam que a acessibilidade é só para quem anda de cadeira de roda, com deficiência visual: é para mais gente que precisa ter acessibilidade fácil. Todos nós precisamos, todos nós defendemos e queremos votar este Projeto. Toda a Cidade, o Estado do Rio Grande do Sul, certamente, crescem quando o Legislativo se preocupa em aprovar uma lei como essa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, faço um cumprimento especial ao nosso Secretário Paulo Brum, que hoje nos visita, e recebe aqui as homenagens devidas e merecidas pela sua condução na Secretaria de Acessibilidade, principalmente pelas negociações – no bom sentido – que fez para flexibilizar o acesso das Emendas dos Vereadores e as modificações que se imaginavam necessárias nesta Casa para que se pudesse aprovar o Plano Diretor, sob a liderança do Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib.

Só quero fazer um registro ao trabalho e à condução da Secretaria de Acessibilidade do ex-Secretário Tarcízio Cardoso, que foi, na verdade, quem trouxe o Plano Diretor de Acessibilidade até a esta Casa, no ano passado ou retrasado, não estou bem lembrado, mas o Secretário Tarcízio Cardoso trouxe o Plano, e eu queria fazer este registro para prestar uma homenagem ao ex-Secretário, porque foi ele quem começou a construção desse Plano que agora é tão bem articulado e tão bem conduzido pelo nosso querido Paulo Brum.

Quero dizer que temos que aprovar o Plano Diretor e, mais do que isso, ele tem que se transformar em uma referência para induzir as ações que venham a propiciar acessibilidade a todos na nossa Cidade, para que Porto Alegre se transforme em uma cidade referência de acessibilidade. Há muito, o Ministério Público já cobra uma lei, e mais do que isso, ações que transformem a cidade em cidade acessível, não só nos próprios públicos, Dr. Raul, mas também nas propriedades privadas, nos bares, restaurantes, cinemas, bancos. Muitos prédios públicos e acessos públicos, mesmo sendo prédios privados e sendo empresas privadas, não têm acessibilidade. Porto Alegre agora terá um Plano Diretor, Porto Alegre terá uma ferramenta de indução à acessibilidade universal na nossa Cidade. Parabéns ao Secretário Brum, e contem com o nosso voto para a aprovação deste Plano.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; quero cumprimentar especialmente o nosso Secretário Paulo Brum, que está presente hoje. Este Projeto está sendo bastante discutido, mas venho à tribuna para salientar uns fatos importantes, não sobre o Projeto, porque o Projeto em si já foi amplamente discutido, e acho que está chegando em boa hora. Desde o ano passado, quando ainda me encontrava na Presidência, nós tínhamos urgência que este Projeto fosse votado, pelo que víamos na Cidade na área de acessibilidade. Mas a minha grande preocupação é que, votando este Projeto, que venha logo à prática, porque estamos vendo em Porto Alegre, principalmente nas nossas calçadas, diversas armadilhas, Secretário, como aqueles telefones colocados em cima da calçada, sem nenhuma sinalização, em que o deficiente visual depara com aquele equipamento que está mais para publicidade do que para a utilidade do seu aparelho. Isso também acontece quando as nossas companhias de energia elétrica, telefônica, de Net, nas calçadas, tiram os tampos por onde passam todos os fios, e aí não se sabe quem vai recolocá-los. A SMOV não mexe, porque não é o trabalho dela; o Município também não, e aí a concessionária deixa os tampos malcolocados. Ficam sempre aqueles tampões de ferro abaixo do nível da calçada, isso para as pessoas é uma armadilha. Eu tenho certeza que esse Plano vai fazer com que haja acessibilidade, com rampa em todas as ruas, mas também nós temos que olhar para esses reparos ao se fazer ou refazer as calçadas ou ruas em Porto Alegre.

Mas, eu quero clamar também, porque nós temos diversos ônibus, hoje, com acessibilidade. Mas há locais da Cidade que nem asfalto têm, e não há como as pessoas transitarem. E mesmo com a Caixa Econômica promovendo habitações nos térreos, destinadas justamente às pessoas portadoras de necessidades especiais, não há ônibus equipados para essas pessoas nessas regiões. Então, nós devemos incluir nesse Plano essa conjugação: para transportar o deficiente até onde ele está residindo. Isso é muito importante.

Ao lado da nossa Câmara de Vereadores, todos os anos – e neste ano veremos novamente –, ocorre um grande evento: a tradicional Semana Farroupilha, que já não é mais Semana, é o Mês Farroupilha. Ocorre durante todo o mês de setembro aqui no nosso Parque da Harmonia. Eu pergunto aos Srs. Vereadores, às Senhoras Vereadoras e ao público que nos assiste: será que nós temos ali condições de receber um deficiente físico, para que ele possa também apreciar as nossas tradições? Ou circular, Ver. Tarciso, no meio do Parque? Quando não é o barro – porque a drenagem não foi feita –, é o problema das pedras soltas. Cadeirantes, deficientes visuais ou pessoas com necessidades especiais não transitam e não podem usufruir o nosso Parque. Então, nós temos que nos preocupar não só com o nosso Plano Diretor de Acessibilidade, mas também em tornar obrigatórias as condições de acessibilidade para que os locais de eventos obtenham alvarás ou a liberação para funcionamento. Nós temos que dar condições para que essas pessoas também possam usufruir os benefícios da Cidade. São cidadãos, e nós precisamos fazer com que, a cada dia, eles sejam incluídos e não, cada vez mais, excluídos, porque diversos comércios de Porto Alegre não têm acessibilidade, aliás, a maioria deles, e temos que fazer uma grande campanha para que a sociedade civil participe, com o Poder Público, para fazermos com que haja, sim, eventos particulares, privados, públicos, e que todos tenham condições de receber pessoas com necessidades especiais. Obrigado, senhoras e senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Vereadoras, estamos discutindo um Projeto de transcendental importância, que institui o Plano Diretor de Acessibilidade em Porto Alegre. Aproveito para saudar o Secretário Paulo Brum, ex-Vereador, ex-Deputado, que deu magníficas contribuições a esta Casa para a acessibilidade. Teve um papel extraordinário nesse sentido.

O Ver. João Antonio Dib invocava Rui Barbosa numa citação que aqui fazia, e eu vou invocá-lo novamente. A Constituição da República estabelece a igualdade de todos perante a lei. Todos somos iguais perante a lei, e Rui Barbosa, do alto da sua sabedoria, construiu um grande conceito de igualdade, ou seja, tratar de forma desigual os desiguais. Essa é exatamente a grande concepção da igualdade, porque todos somos limitados. Então, é preciso, exatamente, para se assegurar a igualdade de todos perante a lei, que se faça todas as modificações materiais, técnicas no sentido de se fazer a igualdade.

Então, o Plano Diretor de Acessibilidade caminha à sombra desse princípio constitucional, que é a igualdade de todos perante a lei.

Se não estabelecermos a acessibilidade, não temos a igualdade de todos perante a lei, e estaremos descumprindo os princípios constitucionais, o princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei. Nesse sentido, a contribuição do conceito do grande Rui Barbosa, ontem citado pelo Ver. Dib.

Então, é um Projeto que estabelece quase que, eu diria assim, uma grande disposição, mas que tem normas em branco, fazendo aqui uma relação com o direito penal, na medida em que estabelece a regra e o princípio, e na medida em que os tempos vão andando e as situações vão se apresentando, faz-se necessário dispor a respeito.

Então, o Plano Diretor de Acessibilidade é um grande foco que se faz no sentido de iluminar, no sentido de buscar, exatamente, o princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei. E só se alcança esse princípio, quando se dispõem as limitações que todos possuímos, sejam elas, Secretário Paulo Brum, de que ordem forem.

Então, é preciso estabelecer esse suporte material para se fazer concreto o princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei.

Portanto, é um grande Projeto, o Código de Acessibilidade de Porto Alegre, e que é um processo; ele não é estanque, vai-se reorganizando, organizando, e dispondo normas à medida que as circunstâncias e situações venham se apresentando...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/009.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, e, em especial o nosso sempre Vereador, ex-Deputado, Paulo Brum, hoje Secretário de Acessibilidade do Município de Porto Alegre, nós que já estamos há um bom tempo nesta Casa, lembramos que hoje tudo o que se vê nesta Casa foi construído a partir da sua presença. Se V. Exª não estivesse estado aqui, será que teríamos um lugar diferente, com esta acessibilidade? Não sei, talvez poderíamos, mas foi V. Exª que nos levou, de forma unânime, a este encaminhamento. Quero também lembrar um pouco do Promotor dos Direitos Humanos, e agora Secretário Adjunto do Estado, Miguel Velasques, que, nos últimos anos, brigou muito com o Município de Porto Alegre, principalmente sobre as calçadas do Centro da Cidade. Quero também comentar que, normalmente quando se fala em acessibilidade, as pessoas se preocupam com os cadeirantes, com os deficientes, esquecendo-se que hoje o Brasil tem mais de 15% da sua população de pessoas idosas, que também fazem parte dessa questão da acessibilidade. A expectativa de vida hoje é em torno de 77 anos.

No mundo moderno, um dos grandes avanços – e vou usar um termo forte –, foi que essas pessoas, ao longo dos últimos anos, saíram da toca. Era muito comum, antigamente, as famílias, ao acolherem seus entes com deficiência, não os colocarem em contato com a população como um todo. E hoje, mais do que nunca, fazer parte da população como um todo é visto e saudado, porque a inclusão se faz dessa forma.

Secretário Paulo Brum, também quero saudá-lo pela sua iniciativa, já que os Jogos Metropolitanos de Estudantes Excepcionais – Jomeex –, completam 40 anos neste ano; sei que V. Exª também foi o autor da Lei que incluiu o Jomeex no Calendário do Município de Porto Alegre. V. Exª me passava a informação de que hoje, no Município de Porto Alegre, mais de 40% dos ônibus da nossa frota já são adaptados, ou seja, já temos quase 600 ônibus adaptados em Porto Alegre. Nós reclamamos de Porto Alegre, mas quantas vezes nós vemos reportagens do Brasil em que as pessoas ficam por horas e horas esperando um ônibus, e, na maioria das vezes, o ônibus passa e esquece o cadeirante. Porto Alegre, nesse aspecto, está em plena evolução. Mas, ao mesmo tempo, nós temos ainda um longo caminho a percorrer. Quando falamos da questão do Plano Diretor, nós vamos ter que rever, claro, todas as calçadas, e sabemos das dificuldades; o rebaixamento do meio-fio em todas as esquinas... Quanto a esse rebaixamento, também temos que cuidar, porque, às vezes, esquecem que o cadeirante não é um hiperatleta e colocam rampas muito íngremes, com quase 45º, o que dificulta a sua mobilidade urbana. Tão logo esse Plano Diretor seja aprovado, e não tenho dúvida de que o será hoje, de forma unânime, V. Exª, Secretário, mas sempre Vereador Paulo Brum, vai começar um trabalho diferente, que é a questão dentro das residências, ou seja, de o que será feito com o Código de Edificações. Sabemos que hoje ainda se constroem banheiros com portas de 60 centímetros, e volto a dizer, não só o cadeirante, mas o obeso também, muitas vezes, não consegue passar. Então, eu deixo isso para uma reflexão maior, porque a população de uma maneira geral mudou muito, e nós precisamos estar mais do que nunca atentos. Muito obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidente, nobres colegas, nobre Secretário Paulo Brum, eu acredito que hoje é um dia de singular importância para esta Casa, mas muito mais para mim, por ter a oportunidade de ver este Projeto chegar a um passo final, com méritos; um Projeto que vai criar regramentos, parâmetros para facilitar a vida desses irmãos que necessitam dessa acessibilidade, dessas diferenciações. Importante é termos esse Plano Diretor de Acessibilidade, porque é o início de uma caminhada, revigorada, no sentido de pormos em prática, de materializarmos uma necessidade latente neste mundo moderno, neste nosso País e na nossa comunidade porto-alegrense.

Porém, depois de tudo que aqui foi colocado, eu quero trazer um ponto de suma importância: nós devemos construir a prática dessa acessibilidade, devemos tornar real essa lei que hoje trazemos aqui, para que ela realmente trilhe, se materialize e traga os benefícios necessários, imprescindíveis, da inclusão social de todos os cidadãos de uma comarca. Para tanto, eu quero trazer um pequeno exemplo que aconteceu nesta Casa, de um cadeirante também, nosso colega, o Dr. Pinto, que, naquela oportunidade, era Vereador-Suplente. Aqui chegando – e, naquela época, eu estava em tratamento de saúde –, ele apresentou um projeto que criava, em nível municipal, uma paraolimpíada. Esse projeto foi debatido e aprovado nesta Casa e depois sancionado pelo Prefeito Municipal, mas ele parou por aí. Que bom, se a partir daquela aprovação, nós tivéssemos feito uma paraolimpíada, pois, Porto Alegre, hoje, estaria muito mais evoluída, uma vez que isso aumentaria a nossa auto-estima no sentido de promovermos outras acessibilidades também. Mas não quero me referir apenas a essa paraolimpíada, eu quero me referir a todos os projetos que já foram também aprovados nesta Casa, mas que não foram materializados, não foram construídos, para que aí, sim, tivéssemos uma sociedade justa, um Legislativo e um Executivo atuantes, dentro das suas autodeterminações competentes, para fazerem o bem comum.

Quero aqui, juntamente com o Ver. Reginaldo Pujol e o Secretário Paulo Brum, me colocar à disposição para construirmos essa caminhada e ajudar naquilo que for possível. Se cada um de nós puder materializar um pouquinho desta caminhada, deste Plano Diretor de Acessibilidade, eu tenho certeza de que teremos, daqui para frente, uma comunidade muito mais feliz, contemporânea e solidária. Eu desejo sucesso a V. Exª, conte com o Democratas, com esses humildes servidores legislativos desta Casa, porque temos muito a fazer. Eles merecem, como também merecemos, ter permanentemente a acessibilidade, a inclusão social e o bem-estar. Muito obrigado a esta Casa, por podermos aprovar um Projeto de tamanha importância.

Também me sinto, hoje, reconfortado por trazermos ao Clube Esportivo Caminho do Meio uma homenagem pelos seus 80 anos. Muito obrigado a todos nós, por essa oportunidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/09.

 

O SR. MARIO FRAGA: Como diz o Ver. Haroldo de Souza: não vou utilizar os cinco minutos. Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente nas galerias e público que nos assiste pela TVCâmara, quero fazer uma saudação ao Secretário Paulo Brum, do qual tive a honra de ser colega aqui nestas cadeiras da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, e tive a honra, também, Paulo Brum, de ajudar o Prefeito Fogaça a criar a Secretaria de Acessibilidade aqui nesta Casa. Hoje fico contente que V. Exª tenha, juntamente com o Executivo, com o Prefeito Fortunati, executado este Plano, trazido para esta Casa, para os diversos Vereadores e Vereadoras, este Projeto importante para a nossa Cidade. Faço questão de fazer este registro, para dizer que tenho certeza de que V. Exª, no cargo em que está, colocará, de imediato, esse Plano – que tanto V. Exª quanto a nossa Cidade sabem o quanto é necessário – em ação. Então, venho dar os parabéns a V. Exª por ter trazido a esta Casa, junto com o Prefeito Fortunati, este Plano. Boa sorte, e, se Deus quiser, agora vamos à votação para aprová-lo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Encerrada a discussão. Em votação o PLCE nº 005/09. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 005/09.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras, Secretário Paulo Brum, comunidade e lutadores pela acessibilidade universal aqui presentes, um Plano Diretor de Acessibilidade para uma Capital como Porto Alegre é extremamente meritório. Ele vem para abrir um debate, para construir um processo. Há todo um estudo que foi feito pela Universidade Católica, há todo um grupo de discussão que participou desse debate e há um conjunto de entidades que ainda tem a contribuir.

No Relatório que fizemos, na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, levantamos essas preocupações, constituímos um grupo de trabalho e fizemos um acordo com o Secretário Paulo Brum sobre esse processo. E aqui estamos, hoje, votando, e a nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores votará favoravelmente, mas queremos deixar registradas as preocupações que nós temos em relação ao processo, porque queremos contribuir para esse processo ir à frente.

Primeiro: o Plano Diretor de Acessibilidade não deve ser tratado como um Plano Diretor setorial, porque ele é um Plano Diretor que tem que tratar a Cidade como um todo, tratar Porto Alegre como uma cidade acessível por todos e para todos. Para isso, a Secretaria do Planejamento ainda tem uma tarefa – e é o primeiro registro –, que é adaptar o Plano Diretor de Acessibilidade ao Plano Diretor geral da Cidade, para que, nas sete estratégias existentes no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental esteja inserida a acessibilidade na sua universalidade.

O segundo ponto: o Plano Diretor, apresentado aqui pelo Executivo Municipal, propõe uma rota de acessiblidade na Cidade. Nós estamos aceitando essa rota, mas dizendo que uma rota acessível apenas é insuficiente para toda a Cidade, pois a acessibilidade tem que ser desenhada na totalidade do território, principalmente no Centro, mas também na periferia. O Secretário Paulo Brum assumiu conosco o compromisso de desenvolver um programa para toda a Cidade. Quero deixar registrado, na presença do Secretário, esse compromisso que construímos no Grupo de Trabalho.

O terceiro compromisso é que nós vamos continuar conjuntamente, Srª Presidenta e Sr. Secretário Paulo Brum, mantendo um calendário de debates para identificar os estrangulamentos. Já podemos dizer que no dia 6 de setembro estará aqui na CUTHAB a Comissão que está tratando do Mobiliário Urbano para apresentar a modelagem para a Cidade. E nós não deixaremos passar, se nessa modelagem não estiverem inseridos todos os itens da acessibilidade, os utensílios do Mobiliário Urbano: que as cabines telefônicas não sejam colocadas onde os deficientes visuais possam bater; que as calçadas permitam aos cadeirantes transitar, e assim sucessivamente; que os programas habitacionais do Município, quando construídos pelo DEMHAB, contemplem, na sua íntegra, em sua técnica, condições para o cadastramento e para receber as pessoas de acordo com a deficiência – se for cadeirante, tem que ter uma construção, se for deficiente visual, tem que ter outra construção; que a EPTC insira, em todas as suas sinalizações, os sonorizadores, também com a visualização numérica ou gradativa, como existe em todos os cantos do mundo.

Venho aqui, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, fazer essas ressalvas e dizer que votaremos favoravelmente em nome de um processo em construção. Um grande abraço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 01 ao PLCE nº 005/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLCE nº 005/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 03 ao PLCE nº 005/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 04 ao PLCE nº 005/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 05 ao PLCE nº 005/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Todeschini, o PLCE nº 005/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

Está aprovado o Plano Diretor de Acessibilidade do Município de Porto Alegre.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Srs. Vereadores, passaremos à discussão e votação de um Projeto que não consta na priorização, mas é necessário ser realizada, tendo em vista um ofício do Prefeito para afastar-se da Cidade. Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. José Fortunati, a ausentar-se do Município e do País, para viajar à cidade de Rosário, na Argentina, na data determinada – PDL nº 002/2011. Passo a ler o ofício do Sr. Prefeito Municipal que fundamenta este Projeto de Decreto Legislativo. (Lê.): “Ao cumprimentá-la cordialmente, solicito a V. Exª submeter à apreciação desse Legislativo, conforme prevê a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, a competente autorização para ausentar-me do Município e do País, das 23h57min do dia 23/06/2011 até às 7h12min do dia 27/06/2011, para viagem a Rosário, Argentina. A mencionada viagem é de natureza pessoal e não gerará ônus para o Executivo Municipal. Atenciosamente, José Fortunati, Prefeito.”

 

O SR. PEDRO RUAS: Isso parece-me da maior importância. Ouvi com atenção Vossa Excelência. Este Projeto, que não constava da Ordem do Dia, é legítimo, pode e deve entrar em caráter emergencial, não há nenhum problema quanto a isso. Agora, chamam-me a atenção duas coisas: esse período de viagem do Prefeito coincide com o feriadão, o que também não vejo como uma dificuldade; segundo, ou eu não entendi bem ou a Cidade ficará acéfala, porque eu não vejo, no que V. Exª leu, nenhum convite ou chamamento a V. Exª assumir a Prefeitura. Ou estou enganado, ou ficará acéfala, e aí, sim, é problema. A viagem do Prefeito, como viagem, não é problema; agora, a viagem do Prefeito, não ficando ninguém à testa do Executivo, com ele fora do País, é problema. Ou eu entendi errado, e aí eu me penitencio, mas peço o esclarecimento de Vossa Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pedro Ruas, de fato, não consta, no Ofício, convite a esta Presidente, a este Legislativo, para assumir a Prefeitura de Porto Alegre. A matéria continua em discussão.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, V. Exª assume automaticamente a Prefeitura, ou deve haver um convite? Tenho essa dúvida. Pergunto ao Líder do Governo se ele poderia nos esclarecer.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, Ver. Mauro Pinheiro, não é automático. O Prefeito Municipal deve formalizar o convite para que eu o substitua.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Eu me coloco radicalmente em oposição a essa posição. Vou votar favoravelmente à viagem do Prefeito. Agora, em o Prefeito se afastando do Município, é a própria Lei Orgânica que determina a linha direta de sucessão. Não vejo como necessário o Prefeito comunicar Vossa Excelência. Automaticamente, V. Exª é a Prefeita em exercício de Porto Alegre. Esta é a minha posição. Então, toda vez que ele sai, caberia a ele dizer “agora assume, agora não assume”? Acho que não; é automático!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Infelizmente, não tem como ser automático: tem que haver a transmissão de cargo, tem que haver a assinatura da transmissão de cargo, para eu poder assumir a Prefeitura.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu tomei a liberdade de consultar o Ver. Elói Guimarães, Presidente da CCJ, que me revelou dúvidas com relação a esse fato agora, neste momento. Então, se o Presidente da CCJ tem dúvidas, eu entendo que tem que haver o convite, sim, e tem que haver a transmissão de posse; e não acho admissível a Cidade ficar acéfala durante quatro ou cinco dias. Não é admissível. Nós temos que resolver esta situação antes da votação, Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Suspendo a Sessão por um minuto e convido os senhores Líderes a se aproximarem da Mesa a fim de conversarmos sobre o tema, uma vez que há dúvidas no Plenário.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h37min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h42min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, enquanto aguardamos o esclarecimento das questões que foram suscitadas no microfone de apartes, deixaremos este Projeto e passaremos aos demais previstos na Ordem do Dia.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 039/11 – (Proc. nº 2262/11 – Ver. Mario Manfro) – requer seja constituída a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Câncer de Boca.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 039/11. (Pausa.) O Ver. Mario Manfro está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 039/11, como autor.

 

O SR. MARIO MANFRO: Verª Sofia Cavedon, nossa Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste, estou propondo a criação da Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Câncer de Boca, porque anseio que esse tipo de carcinoma tenha a mesma divulgação que as ações preventivas como, por exemplo, hoje, a prevenção do câncer de mama.

O câncer de boca, muitos não sabem, no País, ocupa a sétima posição em número de casos. No nosso Estado, infelizmente, estamos acima da média brasileira, e o câncer de boca ocupa a quinta posição em número de casos. Só em 2010, foram diagnosticados cerca de 14 mil novos casos de câncer de boca. É um câncer com um diagnóstico e um prognóstico bastante difícil. É muito agressivo, como todos os tipos de câncer, mas esse, especialmente, depende muito de um diagnóstico precoce.

Não é muito divulgado que hoje pode, por exemplo, ser feito o autoexame, e isso ajudaria muito. Então, é nesse sentido, e contando com o apoio de diversas entidades de classe, inclusive, que pretendo, com a ajuda dos colegas, formar essa Frente Parlamentar. Desde já, convido os Vereadores que militam mais na área da Saúde a integrarem essa Frente. Tenho certeza de que podemos fazer um trabalho importante para a população de Porto Alegre. Não vou me estender mais, e apelo aos colegas para aprovarem este Requerimento. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 039/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Ver. Mario Manfro, Vereador proponente deste Requerimento, também venho para me somar à iniciativa, porque esta matéria depende muito de ações de conscientização e, sobretudo, agilidade dos serviços públicos de Saúde. Recordo-me muito bem que há dois anos, quando eu era Presidente da COSMAM, estivemos visitando o Presidente do CRO, Dr. Joaquim Cerveira, e esse era o principal alerta. Muitas vezes, o diagnóstico do câncer de boca é feito, mas o Poder Público não tem agilidade de encaminhar o tratamento no prazo necessário. E quando encaminhado no prazo necessário, a chance de salvar a pessoa é muito maior.

Aqui no Rio Grande do Sul nós temos como agravantes os maus hábitos, como, por exemplo, a água muito quente do chimarrão, nosso consumo exagerado de carne, sal e por aí afora. Portanto, como disse muito bem o Ver. Mario Manfro, conscientizar as pessoas a realizar o autodiagnóstico, para antecipar, procurar um profissional – um médico, um dentista – num menor tempo, e mais uma série de medidas, pode poupar muitas vidas. Porque esse é um câncer que, quando não mata, deixa a pessoa muito deformada. Eu tenho um familiar, um tio muito querido, que teve câncer de boca. É o único fumante da família, Ver. Dr. Raul. O fumo também é um fator de risco, de muito risco para o caso. E as pessoas, quando sobrevivem, ficam muito desfiguradas, altera muito o perfil, a fotografia, a aparência; há um prejuízo muito grande. Por isso, é bom fazer com que todos tenham uma consciência bastante elevada de como prevenir, de como diagnosticar precocemente e também de como pressionar o Poder Público para que faça a sua parte em caso de constatação. Caso contrário, torna-se muito difícil a reversão, e o prejuízo dos pacientes é irreparável. Nesse sentido, também conte com o nosso apoio, porque a iniciativa é de grande valor. Um abraço e uma boa votação!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 039/11.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras, todos os que nos assistem, venho encaminhar favoravelmente à criação dessa Frente e dizer da oportunidade de termos um foco sobre essa matéria tão importante para a Saúde. Na realidade, todos nós sabemos que a boca é o início de todo o nosso processo digestivo e com ela temos que ter um cuidado todo especial, e muito especialmente também com a área odontológica, de que o nobre colega Ver. Mario Manfro é o representante aqui na Casa. Enfim, todas as entidades de odontologia, os cirurgiões-dentistas, que convivem com essa matéria, sabem da relevância de um câncer de boca. Nós, que militamos na área da Saúde há tantos anos, já vimos algumas vezes casos de câncer de boca. Muito especialmente chamou-me a atenção uma pessoa do Interior, no tempo em que eu trabalhava na Santa Casa de Misericórdia, na enfermaria de dermatologia, e essa pessoa chegou lá numa situação em que não se reconhecia mais naquela face um ser humano, e, como bem disse o Ver. Todeschini que aqui me antecedeu, esse câncer causa uma deformidade total, e os procedimentos, depois de algum tempo, são de tal maneira agressivos para que haja uma sobrevivência, que não temos muito o que fazer pelas pessoas se isso não é precocemente diagnosticado.

Então, o que se pode dizer, eu que sou, na realidade, um grande antitabagista, um grande defensor do fumo zero, e, aqui nesta Casa, já tive a oportunidade de trazer projeto nesse sentido, junto com o Ver. Beto Moesch, que foi o primeiro proponente desse projeto, para que, pelo menos em recintos coletivos fechados, nós terminássemos obrigatoriamente com o fumo. Isso já é uma cultura mundial. Nas principais capitais do Brasil, se não em todas, já não se fuma em recintos coletivos fechados. Então, não queremos tirar a liberdade individual de ninguém, mas quem não sabe que o câncer de boca tem uma afinidade extrema com o cigarro e o cigarro com o câncer de boca?!

Então, nós temos a certeza e a convicção de que essa Frente fará a sua parte, ajudando a prevenir, ajudando a salvar pessoas, ajudando a fazer com que, realmente, muitas pessoas que não se preocupam, que vão deixando uma pequena lesão na mucosa oral, vão deixando, não fazem nada, e o tempo vai passando, ela vai crescendo, e, muitas vezes, quando vão procurar a prevenção, não é mais caso de prevenção, mas, sim, um caso mais severo, uma vez que a vascularização na nossa boca é muito grande, fazendo com que as metástases ocorram mais facilmente.

Então, é muito importante e oportuna a criação dessa Frente, e o proponente não poderia ser mais bem qualificado, como é o Ver. Mario Manfro; temos certeza e convicção de que o câncer de boca terá um inimigo real nesta Casa, capitaneado pelo Ver. Mario Manfro, que, com certeza, na questão do fumo que estamos colocando, deverá, também, se integrar nessa luta coletiva que estamos construindo, e que vamos construir, avançando novamente nesse Projeto, porque ele foi derrotado no ano passado neste plenário, mas estamos pensando firmemente em reapresentá-lo, juntamente com vários outros Vereadores que se somem a esta matéria tão importante para o ser humano, que é o combate ao tabagismo.

Diria mais, está na moda, agora, a “marcha da maconha”, e quero dizer que sou parte da sociedade pela “droga zero”! Não existe legitimidade em qualquer coisa que legalize droga. Droga não tem que ser legalizada; droga não pode existir. Acho até que temos que propor, aqui, uma marcha da sociedade contra as drogas. Uma marcha da sociedade dizendo não à legalização de qualquer tipo de droga. Obrigado, saúde para todos!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 039/11.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero saudar a iniciativa do Ver. Mario Manfro, que é dentista, nosso único dentista neste grupo de parlamentares, e que, certamente, conhece o assunto com muita profundidade. Eu quero reiterar alguns aspectos que o Dr. Raul acabou de mencionar aqui. A primeira questão é o vínculo do câncer de boca com o hábito de fumar. Isso já está documentado em todos os tipos de neoplasias, com todos os tipos de câncer, mas com o câncer de boca ele é muito visível, a ponto de as pessoas que têm o hábito de fumar, que têm o vício do tabaco, acabam tendo dez vezes mais câncer de boca do que os outros indivíduos. O principal elemento nocivo do cigarro, que vai atuar no câncer de boca, é a fumaça do cigarro. São substâncias patogênicas, substâncias que acabam fazendo com que a célula não se corrija; são mais de cem substâncias na fumaça do cigarro. Por isso é que o fumante passivo acaba fumando tanto, Ver. Beto Moesch, quanto o fumante ativo, cerca de 60% a 70%. Então, eu quero reiterar isso, Ver. Mario Manfro, e dizer que somos parceiros desse processo.

Como Presidente da Frente Parlamentar Antidrogas, onde o Ver. Dr. Raul Torelly é o Secretário, quero me solidarizar com a sua manifestação e dizer que, para mim, a liberação de marchas pela maconha, pelo uso da maconha, é, sem dúvida nenhuma, uma apologia ao uso dessa substância, essa é a minha concepção. Realmente, essas substâncias psicoativas estão lincadas, vinculadas diretamente ao comportamento violento. Isso já foi documentado, é bem clara a vinculação das substâncias que têm ação no sistema nervoso central, como estimulantes, como substâncias que causam anarquia no sistema nervoso central e o comportamento violento. É importante a gente ter essa noção clara. Os países que tiveram uma atitude no sentido da liberação do uso de drogas, todos, voltaram atrás, ao longo do tempo, em função da vinculação direta com o comportamento violento. E quero instigá-lo, Ver. Beto Moesch; eu acho que é chegado o momento de nós retomarmos aquele projeto que foi discutido nesta Casa, no ano passado, proposto pelo senhor e pelo Ver. Dr. Raul Torelly – colhendo, claro, um coletivo maior, eu sei que essa é a sua intenção –, no sentido de proibir o hábito de fumar em locais fechados em Porto Alegre. Eu acho que a Cidade precisa avançar nesse sentido. Nós já tivemos aqui uma amostra, quando este Projeto veio ao Plenário, porque maciçamente nós tivemos um aumento no número de Parlamentares favoráveis àquele Projeto, e, sinceramente, acreditamos que com isso possamos sensibilizar mais colegas.

Então, é este o meu recado, pode contar conosco, Ver. Mario Manfro. Certamente essa sua iniciativa e o seu trabalho podem contribuir em muito para a saúde da população porto-alegrense.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 039/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. DJ Cassiá, na Presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu estava conversando com a Verª Maria Celeste e quase perdi a minha vez para encaminhar, já que a Verª Maria Celeste, com seu conhecimento todo, acabava me dando aulas com relação ao nosso Plenário.

Eu quero agradecer à Presidência por dar-me a oportunidade de vir a esta tribuna a fim de que eu possa fazer uma saudação ao companheiro de Bancada, que é Presidente do meu Partido aqui em Porto Alegre, o Ver. Mario Manfro. Sabendo da sua especialidade e do trabalho comunitário que V. Exª faz, sabendo da sua preocupação não apenas com a sua comunidade, mas com todas as comunidades, quanto ao atendimento que as pessoas precisam nessa área bucal e, principalmente, sobre o perigo que as pessoas correm de adquirirem doenças cancerígenas na boca, e sabendo que V. Exª tem os mecanismos e conselhos necessários para que se possa agir de uma forma mais correta, com toda a certeza, ninguém melhor do que V. Exª, neste Plenário, para sugerir uma Frente Parlamentar.

V. Exª não quer ser simplesmente o dono desse trabalho que será realizado aqui em nossa Porto Alegre; V. Exª quer que todos os Partidos estejam presentes neste problema. Problema este que não é de uma Bancada, de um Partido, de uma pessoa, mas é de toda a sociedade, e V. Exª propõe, então, a formação dessa Frente Parlamentar. Eu vim aqui, fiz questão de fazer este encaminhamento, para saudá-lo e dizer que V. Exª tem toda a legitimidade para propor e presidir essa Frente Parlamentar. Eu espero, e tenho certeza absoluta, de que nós vamos chegar a um bom termo nesse trabalho que vai ser executado pela Frente Parlamentar, nesse trabalho que será comandado e que está sendo sugerido nesse Projeto apresentado por V. Exª neste Plenário, e, com toda certeza, nós teremos a possibilidade de fazer com que a população de Porto Alegre seja melhor atendida e tenha melhores defesas nesse problema que é o câncer de boca.

Então, um grande abraço a V. Exª; parabéns, cumprimentos. Vossa Excelência faz magistralmente o seu trabalho como Vereador aqui nesta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 039/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, eu venho muito rapidamente cumprimentar o Ver. Mario Manfro, em nome do PSOL, e dizer da importância de uma Frente Parlamentar que possa tratar, de fato, de um assunto tão sério, como a questão do câncer de boca. O Vereador fez um excelente relato dos índices alarmantes em relação ao percentual de câncer de boca que assola a população gaúcha. Acho que uma Frente Parlamentar pode contribuir muito na questão da informação, da prevenção, das políticas públicas para o tratamento do câncer de boca; pode socializar esses dados, e, de fato, dar informação para a sociedade das questões relativas a esse mal que tem afligido muitos gaúchos e porto-alegrenses.

Eu queria cumprimentá-lo, Vereador, sem deixar de registrar uma coisa que, para mim, é muito importante, que é a liberdade de expressão. Nós temos, na Constituição Federal, o direito de qualquer cidadão ou cidadã se manifestar e defender as suas pautas. Creio que o Supremo Tribunal Federal, ao combater a violência desmedida da Brigada em relação à marcha que ocorreu em São Paulo, visa a garantir a liberdade de expressão daqueles que lutam e defendem a descriminalização da maconha – que são vários, inclusive o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso tem feito uma campanha internacional sobre esse tema. O direito de se expressar tem que ser um consenso entre aqueles que não precisam concordar. Eu acho que há um debate na sociedade, mas a liberdade de expressão é uma das principais conquistas da Constituição de 1988. Não precisa concordar com a questão da marcha da maconha, nem com a marcha das vadias, que tomou conta do Brasil – uma série de mulheres que se vestiram com roupas curtas para mostrar o abuso sexual a que são submetidas, dizendo que as roupas que as mulheres usam não importam e não justificam qualquer agressão masculina aos seus corpos. As liberdades democráticas foram amplamente defendidas na marcha da liberdade, que aconteceu no sábado, dia 18 de junho, em todo Brasil, reunindo 50 mil brasileiros e brasileiras, que unificaram uma série de pautas, sobretudo, defendendo o direito a manifestar-se, o direito a ter posição, o direito a fazer o debate. Eu acho que isso é um bem precioso que nós não podemos questionar. Não pode ser tachado de baderneiro, não pode ser tachado com qualquer outro termo pejorativo quem defende as suas opiniões e tem coragem de fazê-lo, concordemos nós, ou não.

Acho que nós garantimos, com o fim da ditadura militar, a liberdade de expressão, o direito a defender publicamente cada uma de nossas opiniões. E a sociedade, que tem o dever de fazer o debate, não pode tolher uma liberdade democrática garantida pelo art. 5º da Constituição.

Quero, com isso, concluir e parabenizar, novamente, o Ver. Mario Manfro. Nós votaremos a favor da sua Frente Parlamentar, pois tenho certeza de que contribuirá muito para a luta contra o câncer de boca na cidade de Porto Alegre. Parabéns, Vereador!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 039/11, de autoria do Ver. Mario Manfro. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, conversei com Sua Excelência, o Sr. Prefeito, e não há, de forma nenhuma, obstáculo para que V. Exª assuma a Prefeitura. Sugeri a ele fazer, como eu fazia quando era Prefeito e o Ver. Valdir Fraga era o Presidente da Câmara, nós deixávamos o livro assinado. Como será às 23h57min, a Ata ficará assinada; dependendo, na sexta-feira pela manhã, será a assinatura de Vossa Excelência. E às 7h12min do dia 27, V. Exª poderá fazer o mesmo, sem nenhum problema. Não há mistério, V. Exª pode assumir a Prefeitura.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, complementando a interlocução do Ver. João Antonio Dib, gostaria apenas de registrar uma questão para encaminhamento.

Acho um profundo desrespeito com a Câmara Municipal e com V. Exª, que é a nossa Presidente, como poderia ser qualquer outro Vereador ou Vereadora, mas acho um desrespeito com a Câmara Municipal não haver um processo de transmissão de cargo, como foi feito no início do ano, quando V. Exª assumiu, ainda mais em se tratando de um Projeto que não veio com a convocação de Vossa Excelência. Gostaria de propor que houvesse, de fato, essa assinatura, já que a sua falta pode simbolizar um veto político ou algum desrespeito à Câmara.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente, eu quero dizer a todos os colegas do Plenário que assumi por oito vezes a Prefeitura e nunca houve a transmissão de cargo, somente na primeira vez. Sempre assinei o livro posteriormente, e nunca houve desrespeito a mim por essa assinatura. Então, quero dizer que isso não é nenhum desrespeito do Sr. Prefeito com a nossa Câmara de Vereadores.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão feitos os registros.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1255/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/11, que desafeta de uso comum do povo imóveis do Município e autoriza a devolução de áreas ao loteador.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia em 06-06-11 por força do art. 81 da LOM;

- discutiram a matéria os Vereadores P. Ruas, J. C. Nedel, J. A. Dib, S. Melo e A. Ferronato;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 014/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mauro Pinheiro, o PLE nº 014/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM e 02 votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0508/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/11, que altera o art. 1º da Lei nº 2.502, de 7 de janeiro de 1963, alterando para Lar Esperança a denominação da entidade declarada de utilidade pública por essa Lei.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 08-06-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon Em discussão o PLE nº 004/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLE nº 004/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Srª Presidente, eu ouvi com atenção a posição elegante e correta do Ver. João Dib, Líder do Governo, como sempre, com a maior isenção e interesse em auxiliar. Mas eu havia feito uma referência antes, Presidente, de que gostaria de ouvir o Presidente da CCJ, o Ver. Elói Guimarães. A posição do Ver. João Dib nos transmite, com toda a correção, a visão do Prefeito sobre o tema. Perfeitamente, não há nenhum questionamento. Mas isso, com relação ao Poder Legislativo Municipal, não resolve. O que resolve é a posição da CCJ, é esta que eu gostaria de ouvir, para poder votar, Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pedro Ruas, eu vou passar a palavra ao Ver. Elói Guimarães, mas quero sugerir a V. Exª que nós encaminhemos como Requerimento, para que a CCJ tire um parecer sobre essas situações – realmente, elas não são claras no nosso Regimento, pela reunião que tivemos –, mas sem suspensão da votação do Projeto; sugiro.

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Presidente, eu respeito a posição de V. Exª, mas eu requeiro que o Presidente da CCJ, se for possível, se manifeste agora, que nos dê essa posição para constar dos Anais da Casa, para que possamos votar com a posição da CCJ, ou do Presidente da CCJ, pelo menos.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Elói Guimarães, V. Exª propõe algum encaminhamento sobre o tema?

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; o Ver. Pedro Ruas questiona. As disposições do Regimento, não só essa como outras disposições, são efetivamente um tanto, eu diria, inseguras, do ponto de vista de uma interpretação. Eu entendo, no caso presente, tratando-se de menos de cinco dias, e a regra está estabelecida no art. 92, que dispensaria a transmissão; não a assunção à presidência do Executivo, não, mas a transmissão. Entendo que V. Exª, tão logo se ausente o Prefeito, no caso presente, pode assumir; não há nenhum impedimento. Agora, a transmissão de cargo não está disposta na lei, no Regimento Interno da Casa, e é a disposição literal nesse sentido. Esse é um entendimento preliminar, é um entendimento que estamos tentando construir.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói.

 

O SR. PEDRO RUAS: Aproveitando a presença do Presidente da CCJ – entendi perfeitamente –, só faço uma última pergunta: a transmissão do cargo não é condição sine qua non para a posse?

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Por menos de cinco dias. É o entendimento que se extrai da disposição.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2405/11 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 002/11, de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. José Fortunati, a ausentar-se do Município e do País das 23h57min do dia 23 de junho às 7h12min do dia 27 de junho de 2011, para viajar à cidade de Rosário, na Argentina.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PDL nº 002/11. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PDL nº 002/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Vereadora-Presidente Sofia Cavedon, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; houve um impasse hoje na votação da licença de viagem a S. Exª, o Sr. Prefeito Municipal. Impasse que já foi resolvido, porque não há obstáculo para que V. Exª assuma a Prefeitura. Eu fui Prefeito várias vezes. Todas as vezes que viajei, o livro era assinado quando eu chegava ao aeroporto. Já estava lá o livro, e não estava quem me substituía na Presidência da Câmara. Eu queria que o Ver. Valdir Fraga estivesse aqui, para confirmar o que estou dizendo agora.

Às 23h57min, ele ainda será Prefeito. Eu tomei a liberdade de sugerir a ele que fizesse a ata, a assinasse, e V. Exª, na madrugada de sexta-feira, será Prefeita, sem problema nenhum; Prefeita em exercício. Eu acho que é a maneira correta, foi sugestão deste Vereador, tentando simplificar. Assim como, voltando o Prefeito às 7h12min, a senhora deixará o livro assinado. Ele chega ao aeroporto, o livro está lá, e ele o assina também. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PDL nº 002/11. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 002/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu quero justificar a nossa posição, porque não há mais nenhum problema em votarmos favoravelmente. O Ver. Elói Guimarães esclareceu o tema, esclareceu a matéria. Acho que houve uma falha do Executivo Municipal em não convidar V. Exª para a transmissão do cargo, fica esse dado registrado. Mas isso não inviabiliza por si só que possamos agora, esclarecida pela CCJ a matéria, votar o Projeto sobre essa viagem que não tem nenhuma relação com interesses da Cidade, mas tem relação com o direito que tem o Prefeito, sim, de viajar, às suas próprias custas, para onde bem entender, desde que a Capital do Estado não fique acéfala nesse período, como não ficará, pois a Presidente Sofia Cavedon assumirá. Esse posicionamento da CCJ, para mim, é definitivo, Ver. Elói Guimarães, agradeço a Vossa Excelência. Não vejo nenhuma dificuldade, agora, na aprovação deste Projeto, Verª Sofia Cavedon.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 002/11.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, não usarei os cinco minutos do encaminhamento, mas quero apenas registrar, Verª Sofia Cavedon, que lamentamos – especialmente a Bancada do PT – profundamente esse esquecimento do Prefeito de comunicar à Presidente da Casa que estaria se ausentando da Cidade. É de bom-tom, nas relações institucionais, porque não é a relação da pessoa do Prefeito Fortunati com a Presidenta da Casa, Verª Sofia Cavedon; é uma relação institucional. E, portanto, nessa relação institucional, devemos sempre manter o bom nível da comunicação entre as nossas instituições. E nós temos percebido, Vereadora Presidenta, que, em muitas questões aqui apontadas, em muitas das nossas Audiências Públicas, por exemplo, sequer o Secretário comparece, está ali representado por uma pessoa, por um assessor que, muitas vezes, nem sequer conhece, ou é sabedor do tema que está sendo discutido.

 

Então, eu quero aqui registrar, em nome do Partido dos Trabalhadores, o nosso descontentamento com a forma como foi encaminhada essa saída, essa ausência normal, natural, permitida nos aspectos regimentais para o Prefeito, mas feita com um problema com um ruído de comunicação especialmente entre as instituições.

E quero, aqui, mais uma vez também agradecer ao Líder do Governo, que, sensível a esse problema institucional, se colocou à disposição para fazer a intermediação e a resolução dessa questão.

Lamentamos, mais uma vez, que precisemos, aqui, estar fazendo este debate, quando, na realidade, poderíamos já ter aprovada esta saída do Prefeito com um simples telefonema dele, na boa lide, na boa relação que tem que ter institucionalmente. Lamentamos isso, votaremos favoravelmente, com certeza, e fica um alerta para o Prefeito e para a Prefeitura Municipal: são Poderes independentes e nós precisamos, sim, constituir uma relação com o maior respeito possível. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 002/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; V. Exª sabe do respeito que eu lhe tributo, como tributo a todos os demais Vereadores. Eu, com toda a tranquilidade, sugeri a S. Exª, o Sr. Prefeito, que fizesse o que fizeram comigo também, e o que eu fiz com os outros Presidentes da Câmara. O Ver. João Dib assumiu no lugar do Prefeito João Verle. Na primeira vez, houve transmissão, uma solenidade, era a primeira vez, mas, depois, era o livro assinado, e eu nem ia à Prefeitura. Eu mais ficava no meu gabinete, aqui na Câmara, porque eu não interferia em nada, porque eu acho que o Prefeito, em exercício, está ali; se houver alguma necessidade, ele assume, ele responde por ela. Não há nenhum desprestígio no fato de eu ter proposto ao Prefeito para simplificar, porque às 23h57min é que ele deixa de ser Prefeito. Então, eu propus a ele o que fizeram comigo em outras vezes. E eu não fiquei incomodado nenhuma vez! Eu substituí o Prefeito João Verle por 12 vezes! Foram 12 vezes! Ele tirou férias, e eu o substituí. Foi quase uma Sessão Solene, porque era a primeira vez, era um fato novo, era o meu Partido assumindo a Prefeitura, mas, depois, quando eu saí, eu deixei assinado para ele, e ele assumiu. Quando eu era Prefeito, o Ver. Valdir Fraga me substituiu, e depois foi o Vereador Forster quem me substituiu. Quando eu chegava ao aeroporto, a minha assessoria levava o livro para mim, e eu tinha que assiná-lo.

Então, eu acho que nós estamos fazendo tempestade em copo d’água! Fui eu que propus isso, porque achei que era o lógico. Eu não vejo o porquê de estarmos fazendo essa tempestade!

Como Prefeito, eu fui fazer uma viagem – convidado para as 50 maiores cidades das Américas –, e a Câmara discutiu a tarde inteira para me autorizar – e não pagava passagem, não pagava estadia, não pagava coisa nenhuma; não custava um centavo para Porto Alegre. Eu fui convidado com todas as vantagens. E discutiram o quê? Depois, me deixaram ir.

Então, eu acho que é como se faz todas às vezes: votação; quem concorda permaneça com está, e está tudo resolvido! Isso é ser Vereador responsável, sem nenhum problema. Não vamos encontrar problemas onde não existem. Eu acho isso muito importante. Simplificação é a palavra de ordem! Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 002/11, pela oposição.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia, Vereadoras e Vereadores, eu acho que aconteceu um fato lamentável, Ver. João Antonio Dib, em primeiro lugar, pela forma como aconteceu! Eu acho que o Prefeito tem todo o direito, ele trabalha bastante por esta Cidade, e pode viajar. Não é esta a questão, Ver. Pedro Ruas, mas a forma como aconteceu. Como o Ver. João Antonio disse, ele sugeriu e disse para o Prefeito que deveria assinar o livro e deixá-lo assinado. Se esta Casa não estivesse atenta e não provocasse da forma como provocou, o Prefeito ia viajar. E não é pela Verª Sofia, é pela Presidência da Câmara de Vereadores; ela não seria convidada, não assinaria livro, nós estaríamos acéfalos – isso é que aconteceria! Só foi remediado, porque o Ver. João Antonio Dib, provocado por Vereadores que estavam atentos lhe disseram: “Opa, o Prefeito vai viajar e não veio o convite para a Presidente assumir a Prefeitura!” O Ver. Dib, atento, conhece o Regimento como ninguém, ligou para a Prefeitura e disse que estava errado; que o Prefeito tem que assinar o livro para a Presidente da Câmara assumir. Se o Vereador Dib não tivesse feito isso e esta Casa não estivesse atenta, teríamos votado, o Prefeito viajaria, a Prefeitura ficaria acéfala e a Casa, de certa forma, seria desrespeitada, porque a Verª Sofia não assumiria a Prefeitura.

Portanto, quero acreditar que o Prefeito José Fortunati estava cometendo esse erro por falta de orientação ou desconhecimento. Não quero crer que estivesse agindo assim por desrespeito a esta Casa.

Portanto, Ver. João Antonio Dib, aconteceu um equívoco, tem que ficar registrado e esperamos que das próximas vezes isso não ocorra mais.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 002/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu também vou encaminhar bastante rapidamente. Mas sinto-me até forçado a vir aqui, até porque também fui Presidente da Câmara Municipal, lá em 1995, no século passado; antes disso, fui Vice-Presidente da Câmara, em 1993. Desde lá, eu defendia uma posição, que saiu vencedora à época, meu caro Tessaro, quando o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Presidente da Câmara viajaram – à época o Ver. Antonio Hohlfeldt –, os três do PT; eu, como primeiro Vice-Presidente, assumi a presidência da Câmara e defendia a tese de que, se eu era o Presidente da Câmara, eu tinha todos os poderes de Presidente da Câmara. Não interessava se assinavam ou não. Eu assumi oito vezes a Prefeitura de Porto Alegre nessas condições: ou como Vice-Presidente da Câmara ou como Presidente. Ainda hoje defendo isso: o Vice-Presidente, ao assumir a presidência, é Presidente naquele momento; todas as prerrogativas do Presidente cabem ao Vice, interinamente. Concordo com aquela posição com a qual me manifestei primeiro: não custava nada ao Prefeito colocar no papel convidando; agora, em não colocando, V. Exª será Prefeita, em exercício, de Porto Alegre, a partir do momento da viagem do Prefeito. É a minha posição que está registrada. Mas quero registrar isto, dizendo que poderia ter sido diferente, e o Prefeito ter colocado isto por escrito. Como não colocou, a Lei Orgânica do Município é soberana no Município e determina que V. Exª será Prefeita de Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 002/11.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; eu acho que a matéria está razoavelmente pacificada, mas é aquilo que eu colocava: a disposição é lacunosa, há uma lacuna. Tive até uma histórica discussão com o Ver. João Antonio Dib, quando fiz incluir na ordem sucessória – não é ordem sucessória, mas para responder pela Prefeitura, o Procurador-Geral do Município. Por que fiz isso? Porque, exatamente, se criavam os problemas. O Direito Administrativo e o nosso Regimento, as interna corporis se incluem na ciência, no Direito Administrativo; só se pode fazer, vejam V. Exas, o que a lei determina, diferentemente do Direito Privado, onde posso fazer tudo o que a lei não nos proíba.

O que falta aqui é disposição no sentido de estabelecer a regra para que o Prefeito faça a transmissão. Não há disposição nesse sentido e, pelo costume, o que se faz? Via de regra – e deve ter acontecido com V. Exª –, a primeira transmissão se dá; dali para frente é o livro, fica o livro assinado, chega lá no outro dia o Presidente da Câmara, termina assinando o livro e assumindo a Prefeitura. Então, é uma disposição que deve ser regrada na Lei Orgânica. Há um vazio, há uma lacuna que deve ser regrada, no sentido exatamente de exigir, porque o Prefeito, até certo ponto, poderia contraditar, dizendo: “Não, mas me mostrem a disposição regimental para fazer a transmissão do cargo”. Ele poderia colocar nesse sentido, e nós não teríamos como dizer: “Não, está aqui disposto que é obrigatório fazer a transição nos termos, etc. e tal, da regra”. Então, o que falta, exatamente, são disposições, legislação, um regimento para que se proceda na forma que, no nosso entender, seria a mais adequada, de chamar o Presidente da Câmara para que fizesse a transmissão. Mas eu acho que, do ponto de vista da assunção da presidência, amanhã encontrará lá na Prefeitura o livro aberto deixado pelo Prefeito. Mas, falta essa disposição aqui. Vamos propor uma alteração para que essas questões fiquem devidamente explicitadas. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) Não há mais quem queira encaminhar. Em votação o PDL nº 002/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Emenda nº 06, de autoria do Ver. Beto Moesch, ao art. 3º do PLE nº 017/11, com a seguinte redação: “Inclui Inciso X – Fiscalizar maus-tratos aos animais”. É mais uma função para a Secretaria.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Beto Moesch, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 06, de autoria do Ver. Beto Moesch, ao PLE nº 017/11, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h36min): Está encerrada a Ordem do Dia.

 

(Manifestação do Ver. Mario Fraga fora do microfone. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Pauta correu na Sessão Ordinária, e as Comunicações de Lideranças infelizmente estão impedidas de se realizarem, porque entramos direto na Ordem do Dia. A Sessão Extraordinária foi aberta apenas para a Ordem do Dia. Então, agradeço a Vossas Excelências. Um bom feriado amanhã. Convido Vossas Excelências para assistirem ao Clássico Câmara Municipal, que é uma corrida de cavalos que o Hipódromo do Cristal faz e será às 18h35min. Fomos apenas informados. Não é uma agenda construída com a Câmara, mas estarei lá presente para não ser indelicada. É um clássico que tem o nome da Câmara Municipal que acontece anualmente.

 

O SR. ISMAEL HEINEN: Srª Presidente, não poderia deixar de registrar, perante os meus Pares e Vossa Excelência, o meu agradecimento, e talvez seja esta a minha última participação, como é o papel dos Suplentes, e dizer da minha alegria, da minha honra, de ter participado de mais um pedaço da história desta Casa juntamente com os senhores. Muito obrigado pelo carinho de todos vocês. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Ismael. Vou combinar, na sequência, com o Ver. DJ Cassiá, Vice-Presidente desta Casa, como faremos a transmissão da Presidência. Portanto, a partir de sexta-feira pela manhã, o Ver. DJ terá a responsabilidade de dirigir esta Casa até o domingo. Muito obrigada. Bom descanso.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h38min.)

 

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